Grupo Grana y Montero é processado no Peru por suposto suborno ligado à Odebrecht
LIMA, (Reuters) - A Procuradoria-Geral do Peru está investigando o grupo de construção Grana y Montero, por suposto envolvimento em subornos pagos pela sócia brasileira Odebrecht, disse o principal promotor do caso da empresa brasileira.
Falando à America Television, o promotor Hamilton Castro disse que seu escritório tem investigado sigilosamente a Grana e outros parceiros locais de Odebrecht, apesar de não ter falado publicamente sobre isso antes.
"Há uma investigação contra as sócias ... contra Grana y Montero e outras", disse Castro na entrevista no domingo.
Parlamentares da oposição acusaram os promotores de parcialidade política por não investigar a Grana. O procurador-geral Pablo Sanchez classificou as críticas como retaliação após uma investigação separada sobre financiamento da campanha.
A Grana não respondeu de imediato ao pedido de comentário. A empresa negou repetidamente qualquer irregularidade e disse que uma apuração interna não levantou evidências de que seus empregados conheciam ou participaram de subornos que a Odebrecht admitiu ter pago a autoridades locais em troca de contratos.
Castro disse que um executivo da Odebrecht Jorge Barata, que se tornou testemunha do Estado, disse aos promotores que as empresas com as quais a Odebrecht se associou em dois projetos rodoviários pagaram subornos ao ex-presidente peruano Alejandro Toledo, que nega as irregularidades.
"Essa declaração precisa ser corroborada", disse Castro, que não forneceu detalhes adicionais sobre a investigação.
(Reportagem de Mitra Taj)
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