México culpa Brasil por fracasso de leilão de petróleo em água profunda no país
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - A petroleira estatal mexicana Pemex colocou a culpa do cancelamento de um projeto de águas profundas possivelmente lucrativo no Golfo do México sobre o fraco apetite de investidores devido à concorrência dos recentes leilões no Brasil e baixos preços do petróleo.
O órgão regulador de petróleo do país cancelou na quinta-feira uma licitação para o projeto Nobilis-Maximino, uma joint venture com a Pemex, uma vez que o interesse de companhias não foi tão forte quanto o esperado inicialmente.
Nesta sexta-feira, a Pemex citou um leilão de blocos de pré-sal no Brasil realizado no fim de outubro como o culpado por reduzir o interesse em seu projeto. Seis dos oito blocos no Brasil foram conquistados por grandes petroleiras, incluindo a Royal Dutch Shell e ExxonMobil.
"Um fator que afetou o apetite por novos projetos foi o compromisso de investimento assumido recentemente por possíveis ofertantes", disse a Pemex em nota. Companhias que ganharam blocos no Brasil haviam olhado dados do Nobilis-Maximino, acrescentou.
Quase 30 companhias haviam começado o processo de pré-qualificação para o leilão mexicano, segundo dados da Comissão Nacional de Hidrocarbono, incluindo a norte-americana Chevron e a inglesa BP.
O fracasso do projeto é um retrocesso na abertura energética do México após décadas de monopólio da Pemex.
Nobilis-Maximino fica em águas profundas no golfo do México perto da fronteira marítimas com os Estados Unidos no produtivo cinturão de Perdido Fold, e tem estimativas de conter reservas de cerca de 502 milhões de petróleo.
(Por Veronica Gomez e David Alire Garcia)
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