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Arrecadação de novembro veio acima do previsto, diz ministro do Planejamento

12/12/2017 15h52

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira que dados preliminares indicam que a arrecadação em novembro veio acima do previsto, dando sequência a um movimento que tem sido visto desde agosto.

Falando a jornalistas após participar de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, ele disse que o governo ainda não iniciou processo de revisão de receitas e despesas para decidir sobre eventual novo descontingenciamento do Orçamento neste ano.

"Nós ainda não iniciamos processo e se ele (descontingenciamento) for feito, e se o resultado dele for positivo, é uma obrigação nossa fazer isso, até porque tivemos ano muito duro em termos de cortes no Orçamento", afirmou.

"Muitos órgãos estão com recursos realmente muito baixos para atender seus compromissos e isso não se conecta de maneira alguma com a questão da discussão parlamentar (sobre a reforma da Previdência). É um processo estabelecido e regular que o governo sempre faz", acrescentou o ministro.

Questionado se o presidente Michel Temer teria pedido que houvesse liberação de emendas para parlamentares, o ministro afirmou não ter recebido esse pedido.

Fontes da equipe econômica disseram à Reuters nesta terça-feira que o descongelamento de mais recursos está sendo avaliado diante da melhora da arrecadação, em meio a esforços para agradar a base aliada para votar a reforma da Previdência.

Durante sua participação na audiência, Oliveira defendeu a necessidade da reforma de maneira enfática, voltando a dizer que a mudança proposta pelo governo é fundamental para o crescimento do país e para a sustentabilidade fiscal.

O ministro do Planejamento defendeu ainda que todos se beneficiarão do encaminhamento da Previdência ainda em 2017, inclusive os que desejam se candidatar no ano que vem.

Sobre a atividade econômica, o ministro do Planejamento afirmou a jornalistas que uma expectativa de crescimento em torno de 1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano é "a melhor estimativa".

Para 2018, ele afirmou que não deve haver revisão por parte do governo por enquanto, acrescentando que o relatório da Lei Orçamentária Anual já prevê uma expansão de 2,5 por cento, que lhe parece "número razoável".

(Por Marcela Ayres)