Gregos fazem greve contra austeridade fiscal e reformas de resgate financeiro
ATENAS, 14 Dez (Reuters) - Os gregos fizeram uma greve nacional nesta quinta-feira (14) em protesto contra medidas de austeridade fiscal e reformas que o governo de esquerda acertou com os credores do país em troca de empréstimos de resgate financeiro.
Voos domésticos e o sistema de transporte de Atenas sofreram interrupções, navios ficaram atracados durante 24 horas e alguns serviços públicos fecharam durante a greve convocada pelas maiores centrais sindicais da Grécia, pelo sindicato do setor privado GSEE e pelo seu equivalente do setor público, Adedy.
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GSEE e Adedy realizaram diversas greves desde o primeiro pacote de resgate financeiro em 2010, mas a participação nos protestos tem sido baixa nos últimos anos devido à inércia e ao cansaço com a austeridade, depois de três pacotes de resgate e cinco eleições antecipadas em oito anos.
Mais cortes
Os grevistas devem marchar até o Parlamento nesta quinta-feira, onde parlamentares debatem o orçamento de 2018. As metas fiscais do país foram aprovadas por seus credores da União Europeia e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
Como parte da mais recente revisão do pacote de resgate financeiro, o governo concordou em cortar ainda mais os gastos, reduzir benefícios de aposentadorias, finalizar uma avaliação do funcionalismo público, endurecer as regras para a convocação de greves e vender usinas termelétricas.
O Estado adotou "políticas crueis e sem saída que estão estrangulando o povo grego", disseram sindicatos em comunicado.
Centenas de milhares de gregos perderam seus empregos durante a crise e recessão profunda induzida pela austeridade. Enquanto isso, pensionistas viram sua renda diminuir em mais de 30%.
(Por Renee Maltezou)
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