Sem reforma da Previdência, teremos de cortar gastos, inclusive emenda parlamentar, diz Meirelles
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (13) que a reforma da Previdência precisa ser aprovada para evitar que o governo tenha de fazer mais cortes de gastos, incluindo para emendas parlamentares, claro sinal à ala do Congresso Nacional que resiste a dar apoio à matéria.
"Isso (não aprovação da reforma) vai evidentemente restringir de uma forma gravíssima investimentos em educação, em segurança, saúde etc. E emendas parlamentares também", afirmou ele a jornalistas.
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O governo do presidente Michel Temer tem usado com força a máquina pública para tentar garantir votos favoráveis suficientes à reforma da Previdência, inclusive liberando mais recursos a parlamentares. Mas não tem tido sucesso na empreitada, após usar recentemente boa parte de sua rede política para barrar denúncias contra ele no Congresso Nacional.
Meirelles votou a afirmar que o governo continuava trabalhando para que a reforma seja aprovado na próxima semana na Câmara dos Deputados, mas que, se isso não ocorrer, esperava que a votação acontecesse no início de 2018.
Na véspera, o Palácio do Planalto, a equipe econômica e seus principais interlocutores no Congresso precisaram montar uma operação de redução de danos para tentar mostrar que ainda não havia definição sobre a votação da reforma da Previdência, após o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ter dito que a apreciação da proposta iria ficar para fevereiro.
Os mercados financeiros têm reagido com pessimismo a esse cenário, com o dólar em alta e encostando no patamar de 3,35 reais e bolsa de valores em queda.
(Reportagem de Marcela Ayres)
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