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Presidente da Turquia diz que vai abrir embaixada em Jerusalém Oriental

17/12/2017 12h08

ISTAMBUL (Reuters) - A Turquia vai abrir uma embaixada em Jerusalém Oriental, afirmou o presidente do país, Tayyip Erdogan, neste domingo, dias depois de liderar convocação durante cúpula de países muçulmanos para que líderes do grupo reconheçam a cidade como capital da Palestina.

Não ficou claro como ele vai executar o plano, uma vez que Israel controla toda Jerusalém e reivindica a cidade como sua capital indivisível. Os palestinos querem Jerusalém Oriental seja capital de um futuro Estado. Israel invadiu Jerusalém na guerra de 1967 e anexou a cidade após isso, em um ato que não teve respaldo internacional.

A cúpula das nações muçulmanas foi uma resposta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer em 6 de dezembro Jerusalém como capital de Israel. A decisão do presidente norte-americano quebrou décadas de esforços de política dos EUA e um consenso internacional de que o status da cidade deve ser decidido por negociações de paz entre Israel e Palestina.

Erdogan disse em discurso a membros de seu partido AK que o consulado geral da Turquia em Jerusalém já é representado por um embaixador.

"Se deus quiser, o dia está próximo em que, oficialmente, com a permissão de deus, vamos abrir nossa embaixada lá", disse Erdogan.

Embaixadas estrangeiras em Israel, incluindo a da Turquia, estão localizadas em Tel Aviv, refletindo a situação ainda não resolvida de Jerusalém.

Em comunicado emitido na quarta-feira, a cúpula de 50 países muçulmanos, que incluem aliados dos EUA, afirmou que considera a decisão de Trump em reconhecer Jerusalém como capital de Israel como uma declaração de que Washington está se retirando de seu "papel de patrocinador da paz" no Oriente Médio.

(Por Daren Butler)