Petrobras sela acordos estratégicos com Statoil e vende 25% de campo de Roncador
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras assinou nesta segunda-feira acordos com a norueguesa Statoil relacionados aos "ativos da parceria estratégica", incluindo a cessão de 25 por cento de sua participação no campo de Roncador, localizado na Bacia de Campos (RJ), por 2,9 bilhões de dólares.
A cessão envolve 2,35 bilhões de dólares no fechamento da operação e 550 milhões de dólares "em pagamentos contingentes relacionados aos investimentos dos projetos que visam o aumento do fator de recuperação do campo".
Com área de aproximadamente 400 quilômetros quadrados, Roncador tem cerca de 10 bilhões de barris de petróleo equivalentes (boe) "in place" e uma expectativa de volume recuperável remanescente superior a 1 bilhão de boe, segundo a Petrobras.
"A ambição é aumentar o fator de recuperação, por meio dessa parceria com a Statoil, em pelo menos 5 por cento, o que pode trazer um volume adicional de aproximadamente 500 milhões boe", afirmou a petroleira estatal em fato relevante.
Atualmente, a Petrobras e a Statoil são parceiras em 13 áreas, em fase de exploração ou de produção, sendo que 10 estão localizadas no Brasil e 3 no exterior, afirmou a Petrobras.
"A parceria estratégica com a Statoil está fundamentada num alinhamento de interesses estratégicos das duas companhias e no potencial de geração de valor para as partes, em função de seus conhecimentos e experiências nos segmentos de exploração e produção em águas profundas e de gás natural", completou a companhia.
OUTRO ACORDO
Além da cessão de parte do campo de Roncador, a Petrobras também selou um acordo que dá à Statoil a opção de contratar uma determinada capacidade de processamento de gás natural no terminal de Cabiúnas (Tecab) para o desenvolvimento da área do BM-C-33, onde as companhias já são parceiras, sendo a norueguesa a operadora.
Localizado em Macaé (RJ), o Tecab, operado pela Transpetro e maior polo de processamento de gás natural do Brasil, passa por um processo de ampliação e terá sua capacidade expandida para poder processar até 25 milhões de m³/dia de gás natural e cerca de 70 mil bpd de condensado de gás natural.
Segundo a Petrobras, a transação faz parte do Programa de Parcerias e Desinvestimentos para o biênio 2017-2018 e está alinhada ao Plano de Negócios e Gestão da petroleira.
(Por José Roberto Gomes)
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