Produção de açúcar na UE deve perder força nos próximos anos após salto em 2017
PARIS (Reuters) - O aumento na produção de açúcar da União Europeia (UE) neste ano, após o fim das cotas de produção, perderá força na próxima década, já que o mercado enfrenta preços mais baixos, preocupações com a saúde do consumidor e a concorrência do adoçante isoglucose, afirmou o bloco nesta segunda-feira.
A UE aboliu no final de setembro os limites de produção e de exportação de açúcar, eliminando o último sistema de cotas agrícolas do bloco.
A produção de açúcar em 2017/18 deverá saltar 22 por cento ante a última temporada, para 20,5 milhões de toneladas, mas depois deverá cair gradualmente até alcançar 18,9 milhões de toneladas em 2030/31, disse a Comissão Europeia em um relatório nesta segunda-feira.
O fim do sistema de cotas também eliminou os preços mínimos garantidos, e a Comissão disse que os produtores enfrentarão preços mais baixos, em particular devido ao superávit mundial esperado no curto prazo.
O preço do açúcar branco da UE deverá se estabilizar em cerca de 400 euros por tonelada no médio prazo, em comparação com uma média de 443 euros em 2016/17, antes do fim das cotas.
A diferença entre a UE e os preços mundiais deverá chegar a cerca de 40 euros por tonelada, muito abaixo dos níveis observados nos últimos anos.
(Por Gus Trompiz e Ana Ionova)
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