Avianca Brasil negocia United aprofundar acordo de compartilhamento de voos

Por Christian Plumb

NOVA YORK, (Reuters) - A Avianca Brasil está em negociação com a United Continental Holdings para aprofundar acordo de compartilhamento de voos e espera fechar eventualmente um acerto abrangente para uma joint venture, disse o presidente-executivo da companhia aérea nesta terça-feira.

As conversas estão evoluindo em paralelo às negociações sobre parceria entre United e a Avianca Holdings, que tem o mesmo controlador que a Avianca Brasil, disse o presidente-executivo Frederico Pedreira em entrevista. O Synergy Group, acionista controlador de ambas as operadoras sul-americanas, quer a fusão das duas empresas.

"Estamos trabalhando atualmente na expansão de nossos acordos para compartilhamento de voos, assim como outras alternativas para ampliar a colaboração entre as duas empresas que será anunciado no momento certo", disse Pedreira sobre a United e a Avianca Brasil.

A Avianca Brasil, que assim como a United é membro da aliança global de companhias aéreas Star Alliance, anunciou ano passado um acordo preliminar sob o qual bilhetes comprados nos Estados Unidos poderiam se conectar a seus voos para cidades no Brasil, como Florianópolis e Fortaleza.

Pedreira disse que a Avianca tem interesse em um acordo de joint venture mais aprofundado com a United, sujeito à aprovação do acordo de céus abertos entre Brasil e Estados Unidos. O acordo foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira, mas ainda precisa passar pelo Senado.

"Uma vez que você tenha a joint venture você pode pensar nos dois mercados em uma abordagem mais ampla", disse ele, acrescentando que as companhias aéreas têm como objetivo chegar a um acordo "nos próximos meses".

Pedreira estava em Nova York para o lançamento do primeiro voo diário da Avianca entre Nova York e São Paulo, um de seus novos voos internacionais, com a companhia ampliando seus serviços para além das rotas nacionais no Brasil.

A parceira proposta entre Avianca Holdings e United causou uma disputa legal entre o Synergy e a Kingsland Holdings, outra acionista da Avianca, que foi encerrada no mês passado.