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Câmara aprova acordo de céus abertos com Estados Unidos

19/12/2017 20h39

Por Anthony Boadle

BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira um acordo de céus abertos com os Estados Unidos que permitirá uma ampliação dos voos dos EUA para o Brasil e vice-versa, e a matéria agora terá de ser analisada pelo Senado.

O acordo, que havia sido assinado em 2011, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, mas precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional, abrirá caminho para uma parceria entre a American Airlines Group e a Latam Airlines, maior companhia aérea da América Latina.

O tratado de céus abertos elimina os limites do número de voos entre os dois países e é um requisito para o Departamento de Transportes dos EUA aprovar um acordo comercial comum entre a American Airlines e a Latam Airlines para expandir seu tráfego na região.

Os defensores do acordo dizem que vai impulsionar as viagens e reduzir as tarifas aéreas entre o Brasil e os Estados Unidos, o destino favorito dos turistas brasileiros.

Além da Latam, a Gol, na qual a norte-americana Delta Airlines tem uma participação de 9,48 por cento, apoia o acordo de céus abertos com os Estados Unidos.

A Avianca Brasil também defendeu o tratado uma vez que espera fechar um negócio com a United Continental Holdings nos próximos dois meses para aumentar a cooperação comercial.

Se ratificado conforme esperado pelo Senado, no início do ano que vem, espera-se que o tratado leve a um maior interesse da indústria aérea norte-americana pelo mercado brasileiro.

O governo federal está apoiando a legislação para remover os limites de investimento estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras, atualmente restrito a 20 por cento das ações com direito a voto.

A American Airlines obteve aprovação brasileira para construir um centro de manutenção de 100 milhões de dólares no aeroporto de Guarulhos para ajudá-la a ampliar suas operações na América do Sul.

Procurada, a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), que representa Latam, Gol, Azul e Avianca, não comentou a aprovação do acordo pela Câmara.

(Com reportagem adicional de Leonardo Goy, em Brasília)