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Afastados ou não, vice-presidentes da Caixa terão de passar por avaliação técnica, diz Meirelles

17/01/2018 16h38

SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira que todos os dirigentes da Caixa Econômica Federal, tanto os afastados pelo presidente Michel Temer, os que permaneceram nos cargos e os futuros, terão de cumprir requisitos técnicos para obter o aval do conselho de administração.

"O novo estatuto deve prever que todos os diretores terão que passar por um critério de avaliação técnica e serem confirmados pelo conselho", afirmou Meirelles.

"Então o conselho vai ... analisar a situação dos oito diretores que não foram afastados, mas que serão analisados pelo conselho pra saber se ficam ou não e os que foram afastados apresentarão suas defesas."

Na véspera, o Planalto afastou quatro dos 12 vice-presidentes do banco público para que apresentem defesas sobre suspeitas apontadas pelo Ministério Público Federal. A decisão foi tomada depois de vir à público que o Banco Central, regulador do sistema financeiro, havia recomendado o afastamento dos dirigentes.

O presidente-executivo da Caixa, Gilberto Occhi, nomeou nesta quarta-feira substitutos para ocupar interinamente as vice-presidências afetadas.

O banco deve aprovar um novo estatuto, em linha com a lei de governança de empresas estatais, na sexta-feira, e em "momento adequado", o governo também deve discutir mudanças na estrutura do banco público de modo a torná-lo "cada dia mais eficiente", disse o ministro a jornalistas.

"O importante é definirmos prioridades. A questão número um do conselho é em relação aos quatro vice-presidentes que estão sujeitos a esse julgamento e em segundo lugar a avaliação dos demais vice-presidentes", assinalou.

CHEQUE ESPECIAL

O ministro afirmou que o Banco Central estuda medidas para reduzir a taxa de juros cobrada no cheque especial, mas ressaltou que ainda não há nenhuma ação definida ainda.

"Acho que é importante a queda de juros do cheque especial que está muito elevado", disse Meirelles.

(Por Mateus Maia)