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Principal refinaria da Venezuela está totalmente paralisada, diz sindicalista

23/01/2018 20h10

PUNTO FIJO, Venezuela (Reuters) - A refinaria de Amuay, a maior da Venezuela e com capacidade para processar 645 mil barris por dia, foi totalmente paralisada, disseram nesta terça-feira um líder sindical e um funcionário.

Iván Freites, representante dos trabalhadores, explicou que o craqueador catalítico do complexo parou na segunda-feira para receber manutenção.

Ele acrescentou que os cinco destiladores da refinaria, essenciais para a produção de produtos, também estão parados.

O circuito de refino venezuelano sofre uma queda substancial em suas operações, afetadas por falhas recorrentes que os críticos da administração da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) atribuem à falta de investimento, roubo e má gestão.

"Amuay, toda parada, apenas a usina estava funcionando, a situação é crítica e, basicamente, devido à falta de manutenção", disse um trabalhador, que pediu para não ser identificado.

Na semana passada, o destilador 5 da unidade ficou fora de operação, deixando a refinaria produzir apenas 10 por cento de sua capacidade.

Amuay e sua refinaria vizinha Cardón fazem parte do chamado Centro Refinador Paraguaná (CRP), o maior do país, que pode processar até 955 mil bpd. O complexo reduziu suas operações para 13 por cento desde dezembro.

A PDVSA não respondeu imediatamente a um pedido de informações. A empresa estatal alega que suas unidades são sabotadas e que está investindo para levantar as unidades do CRP.

(Reportagem de Mircely Guanipa)