Bolsa de criptomoedas hackeada em Tóquio devolverá US$ 425 mi a clientes
TÓQUIO (Reuters) - A Bolsa de criptomoedas com sede em Tóquio Coincheck disse neste domingo (28) que irá devolver cerca de 46,3 bilhões de ienes (US$ 425 milhões ou R$ 1,4 bilhão) que perdeu para hackers há dois dias, em um dos maiores roubos de dinheiro virtual na história.
O montante representa quase 90% dos 58 bilhões de ienes em moedas NEM que a companhia perdeu em um ataque que a forçou a suspender na sexta-feira os saques de todas criptomoedas, exceto bitcoin
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A Coincheck disse em um comunicado que irá devolver os recursos a cerca de 260 mil donos de moedas NEM em ienes japoneses, mas que ainda trabalha para definir quando e como isso será feito.
Medidas de segurança
O roubo evidencia preocupações de segurança e regulação quanto ao bitcoin e outras moedas virtuais, mesmo em meio a um boom global das criptomoedas que ainda dá poucos sinais de que possa enfraquecer.
Duas fontes com conhecimento direto do assunto disseram que a Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) enviou uma notificação às cerca de 30 empresas que operam Bolsas de moedas virtuais no país com um alerta sobre a possibilidade de novos ciberataques e exigindo que elas aumentem a segurança.
O regulador financeiro também está considerando punições administrativas à Coincheck sob as leis financeiras do país, disse uma das fontes.
O Japão começou a exigir que operadores de Bolsas de criptomoedas se registrem junto ao governo apenas em abril de 2017. Operadores que então já existiam, como a Coincheck, foram autorizados a continuar a oferecer seus serviços enquanto aguardavam aprovação. O pedido da Coincheck, submetido em setembro, ainda está pendente.
A Coincheck disse na sexta-feira em uma coletiva de imprensa que suas moedas NEM estavam armazenadas em uma carteira "quente", ao invés das chamadas carteiras "frias", fora da internet. Ao ser questionado sobre a decisão, o presidente da companhia, Koichiro Wada, citou dificuldades técnicas e uma falta de pessoal capacitado para lidar com elas.
Em 2014, a Mt. Gox, com sede em Tóquio, que chegou a responder por 80% das negociações globais de bitcoin, pediu falência após perder cerca de meio bilhão de dólares em bitcoins.
Mais recentemente, a bolsa de criptomoeadas Youbit, da Coreia do Sul, fechou e entrou com pedido de falência após ser hackeada duas vezes no ano passado.
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