Expansão do mercado de capitais vai possibilitar maior participação privada em bancos públicos, diz Meirelles
SÃO PAULO, 30 Jan (Reuters) - A expansão do mercado de capitais e ciclos mais longos de crescimento da economia devem abrir espaço para maior privatização de bancos públicos, avaliou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta terça-feira.
A privatização seguiria um modelo semelhante ao proposto pelo governo para a Eletrobras, permitindo que investidores privados detenham participação acionária, explicou o ministro, durante sessão de perguntas e respostas de uma conferência do Credit Suisse.
"Não há nada decidido sobre isso", afirmou Meirelles, que defende a redução da participação do Estado na economia. "Existe processo importantíssimo que é o processo de participação na Eletrobras, esse modelo é muito importante."
Segundo o ministro, a entrada de investidores pode contribuir também para melhorar a governança de instituições financeiras que hoje estão nas mãos exclusivamente do governo, mas isso deve ser um processo gradual, dada a importância que a sociedade confere às companhias estatais.
Durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, o ministro defendeu a privatização da Eletrobras e também se disse favorável "por princípio" a um processo semelhante para a Petrobras, ressaltando, porém, que o momento não era adequado para tratar da venda da petroleira estatal.
A implementação de reformas estruturais, como a da Previdência, somada ao teto de gastos públicos deve aumentar a produtividade e consequentemente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para algo em torno de 3,5 por cento a 4 por cento ao ano, ante a média de 2,3 por cento vista nos últimos anos, defendeu o ministro
O governo tem expectativa de votar e aprovar em fevereiro, em primeiro turno na Câmara dos Deputados, o texto da Previdência, assinalou o ministro, frisando que a reforma "não é uma opção política, mas uma necessidade".
O crescimento da economia em torno de 3 por cento neste ano deve representar um aumento "bastante relevante" da arrecadação de impostos do governo, afirmou o ministro Henrique Meirelles nesta terça-feira.
A coleta de impostos tende a cair mais que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) durante recessões e subir mais que a alta da atividade econômica nos anos de crescimento, disse o ministro, durante apresentação em conferência anual de investidores promovida pelo Credit Suisse.
O emprego também está em recuperação "forte" e o número de pessoas ocupadas cresce "de forma sensível", avaliou o ministro.
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