Marun diz que faltam 40 votos, mas governo vai aprovar reforma da Previdência em fevereiro
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta segunda-feira (5) que hoje faltam 40 votos, mas que com um universo de 80 a cem deputados indecisos, o governo terá o apoio necessário para aprovar a reforma da Previdência em fevereiro na Câmara.
Em rápida entrevista coletiva após cerimônia no Palácio do Planalto, Marun disse que o governo pode estudar mudanças na proposta, desde que sejam garantidos seus fundamentos, a idade mínima e o mesmo regime de Previdência para os trabalhadores da iniciativa privada e o funcionalismo público.
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Entre as possíveis novas alterações está uma regra de transição para aqueles que ingressaram no serviço público antes de 2003.
"São 15 dias para conseguir 40 votos, em meio a um universo de 80 a cem indecisos. Não é uma missão impossível e não é um desafio que nos assuste ou nos faça fugir", disse Marun.
Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência precisa dos votos de pelo menos 308 dos 513 deputados, em dois turnos de votação, antes de seguir para o Senado. A votação na Câmara está marcada para a semana de 20 de fevereiro.
Confiança
Confiante, o ministro assegurou que a reforma será aprovada ainda neste mês. "Não ficará para março, em fevereiro nós teremos os votos necessários para aprovação da reforma", disse.
Marun avalia que a resistência à reforma na sociedade tem diminuído, conforme aumenta o nível de esclarecimento sobre o assunto, o que deve ajudar no convencimento de parlamentares.
"O jogo está começando, os times estão entrando em campo para a prorrogação. O nosso time veste a camisa do Brasil e por isso tenho certeza de que seremos vitoriosos", acrescentou o ministro.
Marun disse ainda que o governo não pedirá ao PTB a indicação de um novo nome para a pasta do Trabalho no lugar da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), cuja posse está suspensa pela Justiça, e que vai insistir na prerrogativa do presidente da República de nomear ministros.
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