Embraer tem queda de 82% no lucro do 4ºtri, segue negociando com Boeing
Por Brad Haynes
SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante brasileira de aviões Embraer teve queda de 82 por cento no lucro líquido trimestral, com o resultado ficando abaixo das próprias estimativas da empresa por causa de entregas menores para companhias aéreas e baixas contábeis nos programas de defesa e de jatos executivos.
As ações da Embraer caíam 3,9 por cento às 14:30, com analistas considerando os desafios enfrentados pela companhia que negocia uma parceria com a norte-americana Boeing
A família de aviões de próxima geração de 70 a 130 lugares está enfrentando dura competição do CSeries, projetado pela canadense Bombardier e recentemente adquirido pela europeia Airbus.
A Embraer teve lucro líquido de 117,2 milhões de reais. Excluindo impostos diferidos e itens especiais, o lucro líquido ajustado foi de 191,5 milhões de reais, ante 694,2 milhões no quarto trimestre de 2016.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros e impostos (Ebit) ajustado caiu para 435 milhões de reais no quatro trimestre, ante 816,9 milhões no mesmo período de 2016.
A Embraer reafirmou suas estimativas para 2018, de entrega de 105 a 125 aviões executivos e entre 85 e 95 aviões comerciais. Apesar disso, a empresa reduziu a previsão de receita para 2018 em 200 milhões de dólares, para entre 5,4 bilhões e 5,9 bilhões de dólares, ante 5,84 bilhões em 2017. A empresa também reduziu a expectativa de queima de caixa em 2018 para 100 milhões de dólares ante estimativa anterior de 150 milhões.
Em teleconferência com analistas, o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, afirmou que está vendo um "bom engajamento" com a Boeing e o governo brasileiro sobre um potencial acordo com a fabricante norte-americana.
"Este mercado de aeronaves é de longo prazo e existem algumas oportunidades interessantes olhando para o futuro", disse o analista da Lerosa Investimentos Vitor Suzaki, que afirmou não ver impactos relevantes do resultado do quarto trimestre da Embraer nas negociações com a Boeing.
O presidente da Embraer comentou ainda que há sinais de recuperação na área de jatos executivos, mas não um avanço forte do mercado.
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