Telefônica Brasil prevê R$26,5 bi em investimento até 2020, foca em banda larga
Por Paul Kilby
NOVA YORK (Reuters) - A Telefônica Brasil anunciou nesta segunda-feira que fará investimento estimado de 24 bilhões de reais no triênio 2018-2020, com foco principal na expansão e qualidade das redes móvel e fixa.
A empresa, que opera sob a marca Vivo, também anunciou investimento adicional estimado de 2,5 bilhões de reais na expansão da rede de fibra óptica no período, disse em fato relevante. O montante não inclui eventuais investimentos em licenças.
A rival TIM anunciou na semana passada que vai investir no Brasil 12 bilhões de reais entre este ano e 2020, para ampliar a oferta de fibra óptica de duas para treze cidades e expandir sua base de cidades atingidas por telefonia celular 4G de 3 mil para 4.200.
As ações da Telefônica Brasil fecharam em queda de 1,25 por cento, enquanto o Ibovespa subiu 0,61 por cento.
O anúncio da Telefônica ocorreu depois que a empresa informou na semana passada que desistiu de firmar um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que previa a troca de multas por investimentos em banda larga.
Em apresentação do plano de investimentos da empresa em Nova York, o presidente-executivo da Telefônica Brasil, Eduardo Navarro, afirmou que "fibra é algo que estamos fazendo muito agressivamente na Espanha e no Brasil. A demanda por ultra banda larga é enorme", referindo-se ao grupo Telefónica como um todo.
"Temos grandes vantagens quando aproveitamos nossa experiência da Espanha. A Espanha tem a mais alta penetração de fibra no Ocidente e queremos replicar isso no Brasil", disse Navarro.
Apesar de haver especulação na imprensa sobre aquisição de parte ou de toda a Oi por competidores, o presidente da Telefônica Brasil disse que a maior parte do crescimento da empresa no país será orgânica.
Do lado dos custos, Navarro disse que a companhia planeja economias de 1,2 bilhão de reais por meio de digitalização até 2020, com fluxo de caixa operacional chegando a pelo menos 20 por cento da receita nos próximos três anos ante nível atual de 15,4 por cento.
Em termos de dividendos, o vice-presidente financeiro, David Melcon, afirmou que a companhia vai manter a política. "Uma vez que temos baixa alavancagem, podemos continuar com remuneração similar aos acionistas", afirmou o executivo.
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