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Ex-executivo do Walmart acusa empresa de enganar no comércio eletrônico, de olho na Amazon

Jonathan Stempel e Nandita Bose

15/03/2018 20h52

(Reuters) - O Walmart foi processado nesta quinta-feira (15) por um ex-executivo que acusou o maior varejista do mundo de emitir resultados enganosos de comércio eletrônico, em meio à crescente pressão da Amazon.com, e de demiti-lo por ter reclamado da prática.

Tri Huynh, ex-diretor de desenvolvimento de negócios, acusou o Walmart de ter traído os princípios de integridade e honestidade adotados pelo fundador Sam Walton em seu empenho para mostrar "crescimento meteórico" no comércio eletrônico.

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A denúncia alega várias irregularidades, incluindo a rotulagem incorreta de produtos, permitindo ao Walmart cobrar comissões de vendas excessivas, e a falha no processamento correto de devolução de clientes, para melhorar os resultados.

"Walmart ...enganou na corrida para expandir e ganhar participação de mercado", por estar "desesperado por ganhar o terreno que há muito perdeu para a Amazon", disse Huynh em sua queixa apresentada ao Tribunal Distrital dos EUA em San Francisco.

O porta-voz do Walmart, Randy Hargrove, disse que o litígio é baseado em alegações de um ex-funcionário descontente, que foi demitido quando o negócio foi reestruturado.

"Nós recebemos alegações como esta seriamente e as examinamos quando chegam até nós", disse ele. "A investigação não encontrou nada que sugere que a empresa atuou indevidamente."

O Walmart se defenderá vigorosamente contra as acusações, acrescentou Hargrove.

Concorrência

O varejista gastou bilhões de dólares nos últimos anos para competir com a Amazon, inclusive com a compra da Jet.com em 2016, e no mês passado disse que as vendas trimestrais online, incluindo as vendas nas festas de dezembro, aumentaram em 23%.

Mas as vendas da Amazon na América do Norte cresceram 40% no mesmo trimestre, e os analistas disseram que a guerra de preços pesou nas margens do Walmart.