PGR abre investigação preliminar para avaliar eventual federalização do crime contra vereadora do Rio
BRASÍLIA (Reuters) - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, abriu na manhã desta quinta-feira uma investigação preliminar a fim de avaliar se pede a federalização das investigações do assassinato da vereadora fluminense Marielle Franco (PSOL) e o motorista dela, Anderson Pedro, ocorrido na noite no Rio de Janeiro.
A intenção de Dodge, segundo uma fonte próxima a ela, é acompanhar as investigações feitas pela Polícia Civil do Estado sobre o assassinato e, em caso de eventuais falhas, pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que deixe a investigação a cargo de autoridades federais.
A procuradora-geral mudou sua agenda e seguirá para o Rio a fim de se reunir com integrantes do Ministério Público Federal do Estado que acompanham a apuração do assassinato.
Dodge também solicitou à Polícia Federal que realize investigações que julgar necessárias, com amparo na Constituição e numa lei de 2002 que permite a atuação da corporação quando houver um crime que tenha repercussão nacional e internacional.
A procuradora-geral da República, que também preside o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), expressou, em comunicado, integral apoio ao trabalho dos membros do MP do Estado do Rio, na pessoa do procurador-geral de Justiça Eduardo Gussen, no andamento das investigações.
"O Ministério Público está unido e mobilizado em torno do assunto. Foram designados a secretária de Direitos Humanos do CNMP, Ivana Farina, o secretário de Relações Institucionais do CNMP, Nedens Ulisses, e o secretário de Direitos Humanos da PGR, André de Carvalho Ramos, para se reunirem com o procurador-geral de Justiça Eduardo Gussen e autoridades do Estado para acompanharem o início das investigações", disse a nota da assessoria de comunicação da PGR.
(Reportagem de Ricardo Brito)
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