Vice-presidentes do BC do Japão prometem cumprir meta de inflação e mostram flexibilidade
Por Stanley White e Tetsushi Kajimoto
TÓQUIO (Reuters) - Os dois novos vice-presidentes do banco central do Japão prometeram nesta terça-feira cumprir a meta de inflação de 2 por cento o mais rápido possível, mas ambos mostraram sinais de flexibilidade na política monetária.
Masazumi Wakatabe, um acadêmico conhecido como defensor do estímulo monetário agressivo, disse ser possível que ele renove seus conhecimentos e decisões sobre política monetária agora que é um dos novos vice-presidentes do Banco do Japão.
Masayoshi Amamiya, um funcionário de carreira do banco central, disse que é possível debater com o presidente Haruhiko Kuroda sobre a política monetária, sugerindo que ele está aberto a expressar opiniões que diferem daquelas do chefe do banco central.
As observações dos dois mais novos membros da diretoria do Banco do Japão destacam a difícil tarefa que o banco central enfrenta na manutenção do seu enorme programa de estímulo diante de uma inflação fraca ao consumidor e de preocupações de que esteja começando a distorcer os mercados financeiros.
"Não vou mudar minhas opiniões apenas porque sou vice-presidente", disse Wakatabe. "É possível que eu renove meus conhecimentos e decisões sobre política monetária agora que estou dentro do banco central e tenho acesso a dados diferentes. Na verdade, espero que isso aconteça".
O afrouxamento monetário do Banco do Japão tem ajudado a aumentar o empréstimo bancário e o investimento corporativo, mas os preços ao consumidores não vêm subindo com força.
Muitos economistas temem que a estrutura da política monetária do Banco do Japão seja insustentável e o próximo teste será como o banco central pode reduzir seu estímulo sem prejudicar os mercados financeiros.
Tanto Wakatabe quanto Amamiya minimizaram essas preocupações na terça-feira e enfatizaram que o Banco do Japão precisa manter sua estrutura atual porque a meta de preços de 2 por cento ainda está distante.
"É importante continuar com um poderoso afrouxamento monetário para alcançar uma melhora no hiato do produto", disse Amamiya.
(Por Stanley White e Tetsushi Kajimoto)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.