Fed eleva juros e sinaliza confiança no fortalecimento da economia
Por Jonathan Spicer e Jason Lange
WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve, banco central norte-americano, elevou a taxa de juros nesta quarta-feira e projetou ao menos mais dois aumentos em 2018, sinalizando crescente confiança de que os cortes de impostos e gastos do governo vão impulsionar a economia e a inflação e levar a um aperto futuro mais agressivo.
Em seu primeiro encontro sob o novo chair do Fed, Jerome Powell, o banco central dos EUA indicou que a inflação deve finalmente acelerar após anos abaixo da meta de 2 por cento e que a economia ganhou ritmo recentemente.
O Fed também elevou a taxa de juros "neutra" estimada de longo prazo, nível em que a política monetária nem impulsiona nem desacelera a economia, em um sinal de que o atual ciclo de aumentos graduais de juros pode durar mais tempo do que imaginado anteriormente.
"O cenário econômico se fortaleceu nos últimos meses", disse o Fed em comunicado ao final da reunião de dois dias na qual elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 1,5 e 1,75 por cento.
A inflação "deve avançar nos próximos meses e estabilizar" em torno da meta do Fed, disse a instituição.
O aumento de juros era amplamente esperado. Todos os 104 economistas ouvidos pela Reuters de 5 a 13 de março disseram que o Fed elevaria os custos de empréstimo nesta semana.
O movimento é o mais recente no caminho de encerrar anos de estímulo na esteira da crise financeira de 2007-2009. O banco central elevou a taxa de juros três vezes no ano passado.
A combinação de 1,8 trilhão de dólares esperados em estímulo fiscal e recentes indicações de pressões de preços e salários levou algumas autoridades do Fed a especularem que mais norte-americanos podem ser atraídos a um mercado de trabalho já apertado, e que a inflação pode subir para a meta, ou ir até acima desse nível se a economia se aquecer demais.
Os membros do Fed estavam amplamente divididos nesta quarta-feira sobre se um total de três ou quatro aumentos na taxa de juros seriam necessários para este ano. Eles projetaram que os juros vão subir três vezes no próximo ano e duas vezes em 2020, mais uma indicação de confiança na economia.
Eles estimaram ainda que a economia dos EUA crescerá 2,7 por cento em 2018, sobre 2,5 por cento previstos em dezembro, e também subiram a previsão para o próximo ano. A medida preferida de inflação do Fed deve terminar 2018 em 1,9 por cento, inalterada em relação à previsão anterior, mas deve ir um pouco acima da meta do Fed no próximo ano.
A taxa de desemprego dos EUA no fim de 2018 deve cair para 3,8 por cento, indicando que o Fed vê mais espaço para o mercado de trabalho. Integrantes do Fed projetam que a taxa se situaria abaixo de 4,5 por cento no longo prazo.
A taxa de desemprego permaneceu em 4,1 por cento no mês passado.
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