PGR defende rejeição de habeas corpus de Lula e diz que prisão após 2ª instância é marco contra impunidade
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - Numa manifestação técnica, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a rejeição do habeas corpus preventivo impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que permitiria ao petista permanecer em liberdade até o julgamento de todos os recursos cabíveis no processo a que foi condenado em janeiro pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Após a manifestação da chefe do Ministério Público Federal, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, suspendeu a sessão do plenário para um intervalo. O julgamento foi retomado com o voto do relator, ministro Edson Fachin.
Dodge destacou que, em três julgamentos diferentes realizados em 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) firmou o entendimento de que é possível executar a pena para condenados que tenham esgotados todos os recursos cabíveis em segundo grau.
Para a procuradora-geral, o início da execução provisória da pena não fere o princípio da presunção da inocência previsto na Constituição. Ela argumentou que, também na Constituição, está previsto o duplo grau de jurisdição e que o Supremo entendeu por harmonizá-lo.
A decisão que permite a execução provisória da pena "é um marco importante para poder cessar a impunidade no país", disse.
"Estamos arguindo a necessidade de respeitar neste habeas corpus este precedente do plenário do Supremo", argumentou Dodge.
A procuradora-geral afirmou que, até o momento, não se apresentou nenhum caso para fazer qualquer distinção que pudesse superar o atual entendimento.
"A decisão é recente, tem dado segurança jurídica e contribuído para dar efetividade na persecução penal que tem havido no país, com todas as garantias de defesa e do contraditório", disse.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.