Caixa Seguridade conclui parceiras até junho para pavimentar IPO
SÃO PAULO (Reuters) - A Caixa Seguridade, braço de participações da Caixa Econômica Federal em seguros e previdência, deve concluir até junho a formação de joint ventures (empreendimentos conjuntos) nas suas quatro áreas de negócios, em preparação para sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês --quando uma empresa entra para a Bolsa de Valores).
"Os sócios nas joint ventures esperamos concluir até junho", disse o diretor de relações com investidores da Caixa Seguridade, Thiago Souza Silva, durante apresentação a analistas da Apimec. "Depois é aguardar a melhor janela de mercado para o IPO."
A Caixa Seguridade tentou pela primeira vez se listar em Bolsa em 2016, mas suspendeu os planos "devido às condições adversas do mercado" e aos entraves na negociação com a francesa CNP Assurances, sua sócia na Caixa Seguros Holding, joint venture que tem negócios como a Caixa Seguradora e a corretora Wiz.
Desde então, a Caixa Seguridade se concentrou no redesenho da parceria com a CNP, que vence em 2021. A expectativa dos executivos da companhia é de que as negociações para a extensão do acordo com os franceses sejam concluídas até junho. No pós-2021, o acordo envolverá os segmentos vida, prestamista e previdência.
Para outras divisões de negócios, a Caixa Seguridade está negociando joint ventures separadas com outros interessados, uma para englobar as áreas habitacional e de consórcios, outra para auto e "ramos elementares (proteção de patrimônio)" e uma última para capitalização.
A Caixa Seguridade também pode concluir em breve a negociação para possível renovação com a Wiz, corretora que tem exclusividade na venda de produtos da Caixa até 2021.
"Até 2021 não muda nada; para depois disso vai ter processo competitivo e precisamos de um bom prestador de serviços", disse na reunião o diretor comercial da Caixa Seguridade, Gustavo Fernandes, explicando que a empresa já enviou uma contraproposta à Wiz, de quem aguarda resposta.
Participação no mercado
Após a constituição da holding Caixa Seguridade em 2015, a companhia vem implementando mecanismos usados em rivais do setor privado para tentar ampliar sua participação e a rentabilidade, incluindo incentivos para funcionários que venderem mais apólices.
Assim, a fatia de mercado da companhia no mercado segurador brasileiro subiu de 5,5% para 8,1% no final de 2017. Segundo Fernandes, a meta é elevar essa fatia nos próximos anos para níveis próximos aos detidos pela Caixa Econômica no crédito, hoje de 23%.
A Caixa Seguridade fechou 2017 com lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, 19% a mais que no ano anterior, e com R$ 20 bilhões em prêmios emitidos, avanço de 40% ano a ano.
A rentabilidade sobre o patrimônio, que caiu de 34,1% para 32,7% no ano passado, deve subir nos próximos anos para níveis ao redor de 40%, disse Silva.
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