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China pede aos membros da OMC que se unam contra tarifas dos EUA

Tom Miles

26/03/2018 09h52

GENEBRA (Reuters) - A China convocou os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta segunda-feira a se unirem para evitar que os Estados Unidos "destruam" a OMC e pediu que se oponham às tarifas norte-americanas contra o suposto roubo de propriedade intelectual da China.

O enviado de Pequim, Zhang Xiangchen, disse aos delegados do órgão comercial de Genebra que o plano do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor tarifas de até US$ 60 bilhões a produtos chineses violou as regras da OMC. Trump se baseia na Seção 301 do Ato de Comércio de 1974 dos EUA.

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"Os Estados Unidos estão estabelecendo um precedente muito ruim ao romper bruscamente seu compromisso com o mundo. Os membros da OMC devem evitar conjuntamente a ressurreição de investigações (baseadas na Seção) 301 e prender essa fera de volta na gaiola das regras da OMC", disse ele.

Investigações unilaterais sob a Seção 301 são fundamentalmente contra as regras da OMC, disse Zhang, acrescentando que Washington se comprometeu, após uma decisão anterior da OMC, a não impor tais tarifas a menos que ganhe o direito de fazê-lo em uma disputa na OMC.

A China está preparada para reagir usando as regras da OMC e "outras formas necessárias", para proteger seus direitos e interesses, disse ele, de acordo com uma cópia de suas observações fornecidas à Reuters.

Como fogo e água

"O unilateralismo é fundamentalmente incompatível com a OMC, como fogo e água. No mar aberto, se o barco virar, ninguém está a salvo de afogamento. Não devemos ficar parados vendo alguém destruir o barco. A OMC está sitiada e todos nós devemos nos unir para defendê-la".

O governo Trump já foi acusado por vários países de criar uma crise na OMC ao impedir a nomeação de juízes de comércio e ao citar a segurança nacional - tradicionalmente um tabu na OMC - para justificar tarifas mundiais sobre aço e alumínio.

Um representante dos EUA na reunião defendeu a decisão de Trump, dizendo que as estimativas são de que as políticas chinesas de transferência de tecnologia custam às empresas norte-americanas bilhões de dólares anualmente, segundo uma autoridade do comércio.

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