Militares iniciam patrulhamento ostensivo no Rio em alteração de tática na intervenção federal
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As Forças Armadas começaram a fazer nesta segunda-feira patrulhamento ostensivo em ruas e avenidas da cidade do Rio de Janeiro, informou o Comando Militar do Leste, numa mudança de direção da intervenção federal na área de segurança, que durante mais de um mês ficou concentrada em determinadas favelas da cidade e do Estado.
"O Comando Conjunto, em apoio à Secretaria de Estado de Segurança, inicia nesta manhã um reforço no patrulhamento especializado em áreas de grande circulação de pessoas e veículos na cidade do Rio de Janeiro. As áreas selecionadas concentram-se particularmente nas Zonas Sul e Norte, e em parte da Zona Central da capital fluminense", disse o Comando Militar do Leste em nota.
Os militares devem ficar nas ruas do Rio pelo menos até a próxima semana, segundo uma fonte do Comando Militar do Leste.
"É necessário agir sobre a percepção de segurança", disse a fonte à Reuters. O efetivo a ser empregado nesse patrulhamento ostensivo não foi revelado, mas será diferente em cada região.
No fim de semana ao menos 14 pessoas morreram em duas situações distintas. Em uma delas, na favela da Rocinha, 9 pessoas morreram em uma operação da Polícia Militar, e o caso está sendo investigado pela polícia civil. Em Maricá, na região metropolitana, mais 5 jovens foram mortos supostamente por milicianos em um condomínio do plano Minha Casa Minha Vida.
A Força Nacional de Segurança, policias locais e Guarda Municipal também vão ajudar as Forças Armadas na ação ostensiva. Paralelamente, as Forças Armadas mantêm as operações permanentes na comunidade da Vila Kennedy, na zona oeste.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada no domingo, a maioria da população na cidade do Rio de Janeiro apoia a intervenção federal (76 por cento), no entanto a maior parte dos entrevistados na pesquisa (71 por cento) também acredita que a ação do Exército desde o mês de fevereiro não fez diferença no combate à violência no Rio. Outros 21 por cento acreditam que a situação melhorou, e 6 por cento acham que piorou.
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