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Premiê da China promete abertura do mercado em tentativa de evitar guerra comercial com os EUA

26/03/2018 10h07

PEQUIM (Reuters) - O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse nesta segunda-feira que a China e os Estados Unidos devem manter negociações e reiterou promessas de facilitar o acesso às empresas norte-americanas, enquanto a China luta para evitar uma guerra comercial.

Li disse em uma conferência que incluía presidentes-executivos globais que a China tratará empresas estrangeiras e locais igualmente, não forçará empresas estrangeiras a transferir tecnologia e fortalecerá os direitos de propriedade intelectual, repetindo promessas que falharam em tranquilizar Washington.

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Os Estados Unidos pediram à China em uma carta na semana passada que reduza a tarifa sobre automóveis norte-americanos, compre mais semicondutores fabricados nos EUA e dê às empresas norte-americanas maior acesso ao setor financeiro chinês, informou o Wall Street Journal nesta segunda-feira, citando fontes não identificadas.

O temor de uma possível guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo afetou os mercados financeiros, com os investidores prevendo consequências terríveis se barreiras ao comércio forem levantadas devido à tentativa do presidente Donald Trump de cortar o déficit dos EUA com a China.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o representante comercial Robert Lighthizer listaram as medidas que desejam que a China implemente em carta a Liu He, vice-primeiro-ministro, disse o Wall Street Journal, citando fontes com conhecimento do assunto.

O jornal informou que Mnuchin estava considerando uma visita a Pequim para buscar negociações.

Bastidores

Apesar de um fluxo constante de retórica feroz da mídia estatal chinesa criticando os Estados Unidos por serem um "valentão" e de um alerta de retaliação, autoridades chinesas e norte-americanas estão ocupadas negociando nos bastidores.

"Com relação aos desequilíbrios comerciais, a China e os Estados Unidos devem adotar uma atitude pragmática e racional, promover o equilíbrio por meio da expansão do comércio e manter negociações para resolver diferenças e atritos", disse Li na conferência em Pequim, informou a rádio estatal.

A China se ofereceu a comprar mais semicondutores dos EUA ao desviando algumas compras da Coreia do Sul e de Taiwan, informou o Financial Times, citando pessoas com conhecimento sobre as negociações. A China importou 2,6 bilhões de dólares de semicondutores dos Estados Unidos no ano passado.

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