Premiê da China promete abertura do mercado em tentativa de evitar guerra comercial com os EUA
PEQUIM (Reuters) - O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse nesta segunda-feira que a China e os Estados Unidos devem manter negociações e reiterou promessas de facilitar o acesso às empresas norte-americanas, enquanto a China luta para evitar uma guerra comercial.
Li disse em uma conferência que incluía presidentes-executivos globais que a China tratará empresas estrangeiras e locais igualmente, não forçará empresas estrangeiras a transferir tecnologia e fortalecerá os direitos de propriedade intelectual, repetindo promessas que falharam em tranquilizar Washington.
Leia também:
- Trump cria taxa: que impacto isso pode ter na sua vida?
- Diretor-geral da OMC pede moderação e diálogo
- China afirma que "intimidação econômica" dos EUA "chegou ao fim"
Os Estados Unidos pediram à China em uma carta na semana passada que reduza a tarifa sobre automóveis norte-americanos, compre mais semicondutores fabricados nos EUA e dê às empresas norte-americanas maior acesso ao setor financeiro chinês, informou o Wall Street Journal nesta segunda-feira, citando fontes não identificadas.
O temor de uma possível guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo afetou os mercados financeiros, com os investidores prevendo consequências terríveis se barreiras ao comércio forem levantadas devido à tentativa do presidente Donald Trump de cortar o déficit dos EUA com a China.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o representante comercial Robert Lighthizer listaram as medidas que desejam que a China implemente em carta a Liu He, vice-primeiro-ministro, disse o Wall Street Journal, citando fontes com conhecimento do assunto.
O jornal informou que Mnuchin estava considerando uma visita a Pequim para buscar negociações.
Bastidores
Apesar de um fluxo constante de retórica feroz da mídia estatal chinesa criticando os Estados Unidos por serem um "valentão" e de um alerta de retaliação, autoridades chinesas e norte-americanas estão ocupadas negociando nos bastidores.
"Com relação aos desequilíbrios comerciais, a China e os Estados Unidos devem adotar uma atitude pragmática e racional, promover o equilíbrio por meio da expansão do comércio e manter negociações para resolver diferenças e atritos", disse Li na conferência em Pequim, informou a rádio estatal.
A China se ofereceu a comprar mais semicondutores dos EUA ao desviando algumas compras da Coreia do Sul e de Taiwan, informou o Financial Times, citando pessoas com conhecimento sobre as negociações. A China importou 2,6 bilhões de dólares de semicondutores dos Estados Unidos no ano passado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.