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BNDES reduz previsão de desembolsos para 2018 após bimestre fraco

28/03/2018 14h01

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reduziu a previsão de desembolsos para 2018, após um primeiro bimestre mais fraco que o esperado, disse nesta quarta-feira o demissionário presidente do banco, Paulo Rabello de Castro.

Segundo o executivo, a previsão para o ano agora é de 80 bilhões em empréstimos, ante estimativa anterior de 90 bilhões.

O BNDES informou na semana passada que desembolsou 6,85 bilhões de reais em empréstimos no primeiro bimestre, queda de 32 por cento ante mesma etapa de 2017.

Segundo ele, janeiro e fevereiro foram meses afetados por alguns fatores como a corrida de tomadores de recursos no fim do ano passado para obterem empréstimos ainda por TJLP (subsidiada) e devido à demora do Ministério da Fazenda em estabelecer e publicar regras de equalização de juros para o crédito rural.

Hoje é mais realista esperar um desembolso de 80 bilhões para atividades produtivas", disse ele.

Castro deixa o banco essa semana para tratar da sua pré candidatura à presidência da República.

Ao longo do ano o banco também vai devolver ao Tesouro 130 bilhões de reais. O banco aprovou esse mês devolver 30 bilhões e os outros 100 bilhões serão devolvidos nos próximos meses.

Castro afirmou que a menor demanda por recursos do banco no começo do ano e o saque aquém das expectativas do PIS/Pasep abriram uma folga para o banco devolver ao Tesouro todo o montante solicitado.

Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, Castro tem conversado com está tendo reuniões virtuais com o Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para escolher o substituto. O próprio Oliveira é cotado para ser o novo presidente do banco.

A diretora da área de operações do BNDES, Cláudia Prates, pode assumir interinamente a presidência do banco de fomento.

Dentro do banco, comenta-se que Castro gostaria de ser substituí no cargo pelo atual diretor da área financeira, Carlos Thadeu de Freitas.

JBS

Castro disse ainda que a BNDESPar, braço de participações do banco, tem recebido propostas de diversos interessados pela fatia que detém na JBS.

"Mas a BNDESPar não vai se movimentar enquanto a JBS não tiver uma governança de classe mundial que otimize o valor da ação", afirmou.

(Por Rodrigo viga Gaier)