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Arrecadação federal sobe 3,95% em março, a R$ 105,659 bi, diz Receita

Por Marcela Ayres

24/04/2018 15h07

BRASÍLIA, 24 Abr (Reuters) - A arrecadação do governo federal subiu pelo quinto mês consecutivo em março, mas desacelerou o ritmo de crescimento em relação aos primeiros meses do ano, em meio aos sinais ainda irregulares da atividade econômica.

Os impostos e contribuições recolhidos no mês tiveram alta real de 3,95% sobre março do ano passado, a R$ 105,659 bilhões, informou a Receita Federal nesta terça-feira (24).

O resultado foi o mais forte para março desde 2015 (+R$ 110,538 bilhões), mas veio abaixo de estimativa de R$ 110 bilhões, apontada em pesquisa da agência de notícias Reuters junto a analistas.

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Tanto em janeiro quanto em fevereiro, o desempenho da arrecadação havia sido bem mais expressivo, com alta de 10,12% e 10,67%, respectivamente, sobre iguais períodos de 2017.

A principal contribuição para a arrecadação em março veio com Cofins/PIS-Pasep, com avanço de 10,16% na comparação com igual mês de 2017, a R$ 21,416 bilhões.

Parcelamento de dívidas das empresas

O Refis, programa de renegociação tributária, também seguiu ajudando o governo, somando R$ 1,074 bilhão no mês. Em março do ano passado, o parcelamento especial de dívidas tributárias rendeu R$ 400 milhões aos cofres públicos.

A Receita também informou que, no primeiro trimestre, a arrecadação teve crescimento real de 8,42%, a R$ 366,401 bilhões.

O governo prevê arrecadação mais forte este ano em função da retomada da economia, com expectativa de que o PIB (Produto Interno Bruto) suba 3%, após alta de 1% em 2017.

O mercado, contudo, vem reduzindo suas projeções para a economia, após dados do início do ano virem abaixo do esperado em meio ao alto nível de desemprego e capacidade ociosa nas empresas.

Para 2018, a meta de déficit primário é de R$ 159 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), sendo que importantes medidas para dar folga a seu cumprimento, como a privatização da Eletrobras, ainda precisam de aprovação no Congresso Nacional.

(Por Marcela Ayres; Edição de Iuri Dantas e Patrícia Duarte)

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