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Índice recua com exterior indefinido e ajustes a ADRs; Itaú cai mais de 2% após balanço

02/05/2018 10h57

SÃO PAULO (Reuters) - O tom negativo prevalecia na bolsa brasileira na manhã desta quarta-feira, na volta de feriado, em meio a um cenário sem viés claro no exterior antes da decisão de juros do banco central norte-americano e tendo ainda no radar a temporada de resultados, com destaque para o balanço de Itaú Unibanco.

Às 10:53, o Ibovespa caía 1,33 por cento, a 84.972 pontos. O volume financeiro somava 1,78 bilhão de reais.

A sessão também era marcada por ajustes ao movimento de ADRs (recibo de ação negociado nos Estados Unidos) brasileiros na véspera, quando Wall Street operou normalmente, mas a B3 ficou fechada em razão do Dia do Trabalho.

Na visão da Guide Investimentos, investidores mostram maior cautela, à espera de decisão do Federal Reserve. "As atenções se voltam ao comunicado, que deve trazer mais sinalizações sobre os próximos passos do Fed", disse em nota a clientes, acrescentando que, no Brasil, é dia de agenda macro esvaziada.

O Fed anunciará sua decisão às 15h (horário de Brasília). O chairman do Fed, Jerome Powell, não falará à imprensa.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 2,43 por cento, mesmo após balanço do primeiro trimestre com lucro líquido recorrente de 6,419 bilhões de reais. Para analistas, o desempenho foi de modo geral em linha com as expectativas, mas ajudado pela performance de tesouraria, o que "tirou um pouco o brilho" do resultado, mas não muda a visão construtiva para o banco.

- BRADESCO PN cedia 1,3 por cento, BANCO DO BRASIL recuava 1,28 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT caía 1,6 por cento.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuavam 1,96 e 1,46 por cento, respectivamente, após queda de mais de 2 por cento de seus ADRs na véspera, tendo ainda de pano de fundo a fraqueza dos preços do petróleo no mercado internacional nesta sessão.

- B3 caía 3 por cento, pesando também no Ibovespa. A ação foi excluída da carteira recomendada do BTG Pactual para o mês de maio.

- RD ON perdia 3,75 por cento, após analistas do JPMorgan cortarem a recomendação das ações para 'neutra' e reduzirem o preço-alvo para 73 reais ante 86 reais anteriormente. A rede de varejo farmacêutico divulga resultado nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado.

- CSN ON e USIMINAS PNA subiam 2,85 e 1 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo acordo dos EUA sobre tarifas de aço e alumínio com alguns países, incluindo o Brasil. GERDAU PN, que tem parcela relevante de sua receita no mercado norte-americano, perdia 0,66 por cento.

- VALE ON avançava 0,39 por cento, apesar da queda de seu ADR na véspera, ajudada pelo avanço do preço do minério de ferro à vista na China.

(Por Paula Arend Laier)