Negociação entre EUA e China foca em reduzir déficit comercial, meta é US$200 bi
Por Steve Holland e Michael Martina
WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - A China está "atendendo muitas" das exigências da administração Trump para reduzir o superávit comercial com os Estados Unidos, mas um acordo definitivo para resolver as profundas diferenças comerciais pode levar um tempo, afirmou na sexta-feira o assessor comercial da Casa Branca, Larry Kudlow.
"A China tem que vir ao comércio", disse Kudlow a repórteres na Casa Branca, quando autoridades dos EUA se reuniram com uma delegação chinesa pelo segundo dia em Washington.
"Eles estão atendendo muitas de nossas exigências. Ainda não há acordo, e provavelmente levará um tempo para acontecer, mas eles estão se empenhando."
Kudlow disse que os chineses ofereceram um pacote de compras de bens dos EUA e outras medidas para reduzir o superávit comercial anual da China com os EUA em cerca de 200 bilhões de dólares, contradizendo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês que negou que tal redução havia sido oferecida.
"Esse rumor não é verdade. Isso eu posso confirmar para vocês", disse o porta-voz Lu Kang em entrevista à imprensa na sexta-feira, acrescentando que as discussões em Washington "são construtivas".
Kudlow disse que a oferta chinesa inclui compras de commodities energéticas e agrícolas, acrescentando que "o número é um bom número" e que a China também precisará reduzir barreiras não-tarifárias e concordar com um "processo comprovável segundo o qual a transferência de tecnologia e o roubo de propriedade intelectual pare".
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou adotar tarifas sobre até 150 bilhões de dólares em bens chineses para combater o que ele diz ser apropriação ilegal por Pequim de tecnologia norte-americana. Pequim ameaça retaliação, incluindo tarifas sobre algumas das maiores importações dos EUA, incluindo aeronaves, soja e automóveis.
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