Criação de vagas de emprego dos EUA acelera em maio, taxa de desemprego cai para 3,8%
O crescimento do emprego nos Estados Unidos acelerou em maio e a taxa de desemprego caiu para uma mínima de 18 anos de 3,8 por cento, apontando para um rápido aperto nas condições do mercado de trabalho, o que pode gerar preocupação com a inflação.
O relatório de emprego do Departamento do Trabalho dos EUA divulgado nesta sexta-feira também mostrou que os salários subiram solidamente no mês passado, cimentando as expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, aumentará a taxa de juros em junho.
Os EUA criaram 223 mil vagas de emprego fora o setor agrícola no mês passado e dados de março e abril foram revisados para mostrar que a economia criou 15 mil empregos a mais do que o relatado anteriormente. Economistas culparam o mau tempo pela desaceleração no crescimento dos empregos nesses dois meses.
A renda média por hora aumentou 0,3 por cento em maio, depois de subirem 0,1 por cento em abril. Isso elevou o aumento anual do salário médio por hora para 2,7 por cento, ante 2,6 por cento em abril.
A taxa de desemprego está agora na previsão do Fed de 3,8 por cento até o final deste ano, depois de cair para um nível não visto desde abril de 2000.
O forte relatório de emprego se somou a uma série de dados econômicos sólidos, incluindo gastos do consumidor e produção industrial, que sugerem que o crescimento econômico dos EUA acelerou no início do segundo trimestre, após desacelerar no início do ano.
A economia forte, no contexto de cortes de tributos de 1,5 trilhão de dólares e o aumento dos gastos do governo, poderia influenciar as pressões sobre os preços. A inflação está ficando abaixo da meta de 2 por cento do Fed.
A criação de postos de trabalho mensal atingiu, em média, cerca de 179 mil nos últimos três meses, mais do que os cerca de 120 mil necessários para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.
Economistas consultados pela Reuters previam a criação de 188 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado e que a taxa de desemprego permaneceria em 3,9 por cento.
O Fed aumentou os custos de empréstimos em março e previu pelo menos mais dois aumentos de juros para este ano.
Mas muito depende das condições do mercado financeiro, que pioraram nos últimos dias após uma crise política na Itália e a renovação dos temores de uma guerra comercial depois que o governo Trump impôs tarifas sobre as importações de aço e alumínio do Canadá, México e União Europeia.
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