Dólar sobe e chega a R$3,95 com cena externa e de olho no BC
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava em alta nesta sexta-feira depois de superar o patamar de 3,95 reais com o foco na cena externa e com os investidores cautelosos com o os próximos movimentos do Banco Central brasileiro --se voltará a atuar no mercado ou se continuará de fora como nos últimos dias.
Às 10:34, o dólar avançava 0,33 por cento, a 3,9472 reais na venda, depois de ter fechado o pregão passado no maior nível de fechamento desde 1º de março de 2016, a 3,9344. O dólar futuro subia cerca de 0,30 por cento. [nL1N1U11KQ]
"A moeda (norte-americana) continua se valorizando fortemente contra o real, mostrando que o mercado vem testando a autoridade monetária", escreveu a Rico Investimentos em relatório.
O presidente do BC, Ilan Goldfajn, reforçou na noite passada que não pautará a atuação no câmbio por mudanças de preço, buscando apenas dar tranquilidade ao mercado quando avaliar a ocorrência de falta de liquidez ou "sensação de pânico". [nL1N1U2076]
O BC não tem feito intervenções extraordinárias no mercado por meio de leilões de novos swaps cambiais --equivalentes à venda futura de dólares-- desde a semana passada. Tem feito apenas as vendas desses contratos para rolagem dos vencimentos futuros, como o indicado para esta sessão.
O BC fará leilão de até 14 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de 14,023 bilhões de dólares. [nEMN0V0OPT]
No exterior, o dólar recuava cerca de 0,5 por cento frente ao uma cesta de moedas e algumas divisas de países emergentes, após a divulgação de que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos em junho foi maior do que o esperado. Entretanto, o aumento salarial estável indica pressão inflacionária moderada que deve manter o banco central do país na trajetória de aumento gradual da taxa de juros. [nL1N1U20J0]
O Federal Reserve elevou a taxa de juros dos EUA duas vezes este ano e, de modo geral, a expectativa é de que os juros sejam elevados mais duas vezes neste ano.
Taxas mais elevadas tendem a atrair à maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.
Esta sessão deve ter volume de negócios reduzido devido ao jogo o Brasil contra a Bélgica à tarde pela Copa do Mundo, o que manterá os investidores afastados das mesas de operação. E na segunda-feira, por conta de feriado em São Paulo, a B3 estará fechada.
(Por Patrícia Duarte)
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