Japonesa Mitsui pode ampliar fatia na Vale, diz executivo
Por Yuka Obayashi
TÓKIO (Reuters) - A japonesa Mitsui & Co pode elevar sua participação na mineradora brasileira Vale se outros acionistas venderem parte de suas ações, o que aumentaria sua influência sobre a gestão da gigante do minério de ferro, disse um importante executivo da empresa.
Diversos fundos de pensão brasileiros e o BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), têm considerado a venda de parte de suas fatias na Vale que equivalem a cerca de 3 por cento do total de ações da companhia e valem cerca de 8 bilhões de reais.
A compra de uma fatia extra é "uma opção", disse Yukio Takebe, diretor executivo sênior responsável pela supervisão dos negócios de energia e metais, em uma entrevista à Reuters na quinta-feira.
"Nós queremos continuar sendo envolvidos na gestão da Vale no futuro", disse Takebe. A Mitsui, um dos quatro acionistas controladores da Vale na estrutura anterior da companhia, atualmente possui duas cadeiras dentre as 11 do Conselho de Administração da mineradora.
A venda de ações da Vale por acionistas tem sido alvo de especulação no mercado desde que a maior produtora de minério de ferro do mundo converteu todas suas ações em ordinárias em outubro. A Mitsui possui atualmente uma fatia de 5,51 por cento na companhia.
Questionado sobre se a Mitsui poderia comprar toda a fatia dos demais acionistas se ela for oferecida em bloco, Takebe disse: "Eu não descartaria essa possibilidade, mas é improvável que nós fôssemos comprar todas as ações à venda".
O minério de ferro é um recurso crucial para a Mitsui, que quer elevar a parcela de produção a que tem direito como detentora de minas ou fatias em mineradoras para 64 milhões de toneladas em dois anos, ante 60,9 milhões de toneladas no ano comercial passado, encerrado em março.
"Impulsionar a produção de minério de ferro é nossa prioridade para os negócios em metais", afirmou Takebe.
A Mitsui, que possui participações em negócios de níquel e cobalto por meio de uma joint venture com a Sumitomo Metal Mining, nas Filipinas, também pode olhar outros projetos, dada a provável demanda por baterias recarregáveis para carros elétricos.
"Nós não temos ativos em outros metais de baterias, como o lítio, mas nós queremos manter a opção de ter esses ativos se negócios atraentes aparecerem", disse Takebe.
Ainda assim, a Mitsui será cautelosa, uma vez que os ativos mais atrativos já foram comprados e novos entrantes podem ser forçados a pagar elevados preços por ativos em locais onde o desenvolvimento é mais difícil.
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