Cortes de impostos darão pouco impulso à economia dos EUA, dizem economistas do Fed
SAN FRANCISCO (Reuters) - O impulso econômico dos cortes de impostos de 1,5 trilhão de dólares do presidente Donald Trump provavelmente ficará bem longe das expectativas "excessivamente otimistas" da maioria dos analistas, escreveram nesta segunda-feira dois economistas na mais recente Carta Econômica do Federal Reserve de San Francisco.
Em vez de impulsionar o PIB deste ano em 1,3 ponto percentual estimado pelo Escritório de Orçamento do Congresso e por outros analistas, eles escreveram que "é mais provável que o impulso seja de menos de 1 ponto percentual", com alguns estudos apontando para algo tão baixo quanto zero.
Isso porque o estímulo fiscal tem um grande efeito na atividade econômica quando o desemprego está alto e as finanças pessoais estão contidas, mas um efeito bem menor quando a economia está forte, escreveram eles.
Em junho, a taxa de desemprego dos EUA subiu levemente para 4 por cento, muito menos que a maioria dos economistas estima para uma taxa sustentável, com empresas acrescentando mais empregos que o esperado e mais pessoas que buscavam vagas entrando no mercado de trabalho.
Tipicamente, governos aumentam déficits com gastos e cortes de impostos quando os tempos estão difíceis, não quando uma expansão econômica se encaminha para se tornar a mais longa da história dos Estados Unidos.
Essa postura cria preocupações sobre a capacidade do país de combater futuras desacelerações, particularmente se não entregar ganhos econômicos expressivos antes disso, sugere o relatório.
"Pesquisas recentes concluem que os efeitos de um estímulo fiscal na atividade econômica geral é muito menor durante expansões do que durante desacelerações", escreveram Tim Mahedy e Daniel Wilson, ex e atual economistas do Fed de San Francisco, respectivamente.
(Por Ann Saphir)
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