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Localiza tem alta de 10% no lucro do 2º tri apesar de greve dos caminhoneiros

26/07/2018 19h49

SÃO PAULO (Reuters) - A locadora e gestora de frotas Localiza teve lucro líquido de 141,9 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 9,7 por cento em relação ao mesmo período de 2017, apesar de impactos da greve dos caminhoneiros, que paralisou estradas do país e interrompeu fluxo de combustíveis.

A empresa, maior do setor no país, ainda apurou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 347,6 milhões de reais entre abril e junho, aumento de 16,4 por cento na comparação anual.

A companhia afirmou que a paralisação de caminhoneiros no final de maio, aliada aos efeitos da Copa do Mundo e acordo trabalhista, impactaram o lucro em 29 milhões de reais e Ebitda em 39 milhões. Além disso, houve redução da receita estimada em cerca de 15 milhões de reais e custos adicionais estimados em cerca de 2 milhões, associados a abastecimento e logística.

Segundo a Localiza, a greve "culminou na falta generalizada de combustíveis" o que obrigou a companhia a bloquear novas reservas para aluguel e a oferecer veículos melhores que o alugado pelos clientes para "compensar eventual indisponibilidade do carro reservado".

No segmento de venda de veículos seminovos, o fluxo de clientes caiu nos dias de greve e durante a Copa do Mundo, afirmou a Localiza. "Estimamos que cerca de 2 mil carros deixaram de ser vendidos nos meses de maio e junho, com impacto estimado em cerca de 83 milhões de reais na receita."

A empresa terminou o segundo trimestre com uma frota de aluguel de 145.837 carros, crescimento de 45 por cento sobre um ano antes. Em gestão de frotas, a base de carros da empresa cresceu 25 por cento, para 48.056.

Já a base de agências da empresa terminou junho em 589 unidades, das quais 391 são próprias da Localiza. A empresa afirmou no balanço que pretende abrir novas lojas no segundo semestre, para "suportar a renovação da frota da companhia".

No segundo trimestre, a Localiza comprou 39.541 carros, um crescimento de 10 por cento sobre um ano antes. Já a venda subiu em ritmo maior, de quase 17 por cento, para 23.626 veículos. Com isso, o investimento líquido na frota da empresa foi de 672,4 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 6,8 por cento sobre um ano antes.

(Por Alberto Alerigi Jr.)