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Wells Fargo tem dificuldade para cumprir meta de eficiência com queda de receita

01/08/2018 10h55

(Reuters) - O recuo na receita do banco norte-americano Wells Fargo e a ausência de um sinal claro sobre quando custos relacionados a um escândalo que atingiu suas operações vão terminar tem dificultado estimativas sobre quando o índice de eficiência da instituição retornará a níveis pré-crise.

O quarto maior banco dos Estados Unidos registrou centenas de milhões de dólares em novas medidas de reparação a danos a clientes no segundo trimestre, alimentando preocupações sobre a gestão dos efeitos do escândalo relacionado a suas práticas de vendas de produtos e serviços.

O Wells Fargo já foi o banco mais valioso do mundo em valor de mercado, uma vez que investidores tinham elevadas expectativas sobre a lucratividade e potencial de crescimento da instituição.

Mas revelações sobre milhões de clientes comprando produtos que não precisavam forçou investidores a repensar o valor da ação do banco, que está atrás de rivais desde setembro de 2016.

O banco prometeu fechar 800 agências até 2020 e cortou 4.600 funcionários desde 2016, em meio a um plano de economia anual de 4 bilhões de dólares até o próximo ano.

Analistas afirmam que pode levar até 2020 para o Wells Fargo atingir um índice de eficiência de 55 a 59 por cento que o presidente-executivo, Tim Sloan, prometeu cumprir. O banco não divulga um índice abaixo de 60 por cento desde setembro de 2016.

Essa métrica, que mede o custo de cada dólar de receita, foi de 66,7 por cento no Wells Fargo no primeiro semestre deste ano. Em comparação, JPMorgan teve índice de 57.6 por cento.

Analistas afirmam que pode levar mais de um ano para o banco alcançar a meta por causa das pressões do negócio e os custos do escândalo.

"Eles ainda têm que puxar muitas alavancas em termos de redução de custo dos negócios", disse Kyle Sanders, analista da Edward Jones.

(Por Imani Moise)