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Ibovespa perde fôlego com piora de Petrobras; Gerdau e CSN sobem após balanço

08/08/2018 13h43

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa perdia o fôlego no começo da tarde desta quarta-feira, pressionado particularmente pelo recuo das ações da Petrobras conforme os preços do petróleo acentuavam a queda no exterior, enquanto investidores ainda repercutiam resultados corporativos fortes de siderúrgicas e pesquisa eleitoral.

Às 13:37, o principal índice de ações da B3 caía 0,23 por cento, a 80.163 pontos. Mais cedo, no melhor momento, o Ibovespa subiu 0,7 por cento. O giro financeiro do pregão somava 4,7 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa fechou em baixa de 0,87 por cento, contaminado por boatos relacionados ao processo eleitoral com potencial efeito negativo para o mercado.

Da cena eleitoral, pesquisa CNT/MDA mostrou o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, com 18,9 por cento das intenções de voto no Estado de São Paulo em cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à frente de Geraldo Alckmin (PSDB), com 15 por cento.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, os dois presidenciáveis estão em empate técnico.

De acordo com o gestor Igor Lima, sócio da Galt Capital, a pesquisa divulgada não confirmou evolução do candidato tucano mas, por outro lado, também não mostrou deterioração, que parecia ser o grande medo do mercado na terça-feira.

No exterior, o petróleo acentuou a queda, com o WTI caindo ao redor 4 por cento e o Brent cedendo 3,7 por cento, o que também enfraquecia Wall Street.

As ações da Petrobras, que subiram mais cedo, reverteram com a piora do petróleo, com as preferenciais em baixa de 0,9 por cento e as ordinárias cedendo 1,1 por cento.

Vale também reverteu os ganhos e cedia 0,1 por cento, endossando a fraqueza no pregão brasileiro.

O panorama global ainda trazia aumento da tensão comercial entre Washington e Pequim, com a China aplicando tarifas adicionais de importação de 25 por cento sobre 16 bilhões dólares em mercadorias norte-americanas, respondendo em igual medida à nova rodada de tarifas dos EUA. [L1N1UZ13R]

Papéis de consumo e varejo eram destaque na ponta negativa, com Via Varejo Unit cedendo 4,3 por cento e Magazine Luiza caindo 3 por cento. O Bradesco BBI cortou a recomendação de Magazine Luiza para 'neutra'.

Gerdau PN e CSN também reduziram o ritmo, mas seguiam no azul, com altas de 1,7 e 1,8 por cento, respectivamente, com analistas avaliando positivamente os números operacionais de ambas no segundo trimestre.