CMN deve antecipar vigência de novos limites da linha pró-cotista, diz Caixa
SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve antecipar para setembro o novo teto de financiamento de imóveis pela linha pró-cotista, a mais barata do mercado, disse nesta sexta-feira (10) o presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antonio de Souza.
"Houve uma demanda dos representantes da indústria imobiliária para antecipação da validade dos novos limites e o CMN deve apreciar isso na próxima reunião", disse Souza a jornalistas.
O CMN anunciou em julho que a linha pró-cotista, com recursos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) poderia ser usada para financiar a compra de imóveis avaliados em até R$ 1,5 milhão a partir de janeiro de 2019. O teto atual é de R$ 950 mil.
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Maior financiadora imobiliária do país com cerca de 70% do mercado, a Caixa vem enfrentando concorrência crescente dos bancos privados, na esteira de medidas do Banco Central que na prática liberou um volume maior de recursos para o setor. Além disso, o fluxo de recursos para a caderneta de poupança, outra fonte de crédito imobiliário, tem sido positivo.
Diante desse quadro, no mês passado a Abecip, entidade que representa as financiadoras do setor, elevou a previsão de alta dos desembolsos em 2018, de 10% para até 16%, após crescimento de 23% no primeiro semestre.
Mas a Caixa tem tido desempenho mais fraco do que os demais bancos. Segundo Souza, os desembolsos da instituição no primeiro semestre foram apenas 3,5% maiores. O orçamento para financiamento imobiliário do banco estatal em 2018 é de R$ 82 bilhões.
De acordo com o executivo, as concessões para compra de imóveis têm evoluído bem, mas as para financiar a aquisição de imóveis para a classe média desapontaram. Essa é uma razão para o interesse da Caixa em que o CMN antecipe a vigência dos novos limites para a pró-cotista.
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