Copel prevê colocar pequena hidrelétrica em operação em 2020 após vitória em leilão
Por Luciano Costa
SÃO PAULO (Reuters) - A estatal paranaense de energia Copel pretende entregar até o final de 2020 uma pequena central hidrelétrica cuja produção foi negociada antecipadamente pela companhia em um leilão realizado pelo governo na semana passada para viabilizar novos projetos de geração.
A expectativa da companhia é ter ainda neste ano a licença ambiental de instalação que permitiria o início das obras da chamada PCH Bela Vista, que deverá demandar um investimento de cerca de 200 milhões de reais, disse à Reuters o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel, José Marques Filho.
Pelo contrato fechado na licitação, para fornecimento às distribuidoras de energia do país por 30 anos, o empreendimento precisaria entrar em operação em janeiro de 2024. A usina terá 29 megawatts em capacidade.
"Prevemos antecipação. Essa é uma obra para a gente entregar ainda em 2020", disse Marques Filho.
Se tiver sucesso em entregar a usina antes do previsto, a Copel poderá vender a energia adicional gerada antes do início do contrato do leilão para clientes no mercado livre de eletricidade, o que aumenta a rentabilidade do negócio.
O executivo disse que a Copel reservou uma fatia da energia do projeto para negociação no mercado livre, onde espera ter preços melhores.
O projeto tem uma garantia física de 16,6 megawatts médios, dos quais 14,7 megawatts foram vendidos no certame.
"A gente não só colocou uma energia para o mercado livre, como nós temos uma comercializadora da Copel, uma subsidiária integral da companhia, e vamos deixar também uma parte da energia para que eles façam a comercialização", afirmou.
Para financiar a construção da pequena hidrelétrica, a Copel avalia a emissão de debêntures de infraestrutura, bem como a possibilidade de obtenção de empréstimo de longo prazo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Antes do leilão de energia, realizado na última sexta-feira, executivos da Copel tinham afirmado que a companhia avaliava disputar a licitação com pequenas hidrelétricas e projetos eólicos.
A usina Bela Vista, no entanto, foi a única com a qual a empresa fez lances, segundo Marques Filho.
"Nós acabamos não 'bidando' por eólicas, porque dentro do nosso planejamento isso foi um pouco para depois, não era o momento agora", afirmou.
Ele disse que a companhia continua estudando seus projetos eólicos e também pretende estruturar empreendimentos solares e de geração à biomassa para participação em licitações futuras.
"Os projetos estão em maturação, a gente vai decidir quando entrar na melhor oportunidade de mercado", explicou.
O executivo afirmou ainda que a Copel pretende em breve abrir chamadas públicas para procurar eventuais parceiros para esses empreendimentos.
(Por Luciano Costa)
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