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Carrefour quer vender 5 bi de euros em orgânicos no mundo até 2022, diz CEO no Brasil

01/10/2018 10h33

Por Gabriela Mello

SÃO PAULO (Reuters) - O grupo varejista francês Carrefour espera vender cerca de 5 bilhões de euros em produtos orgânicos no mundo todo até 2022, como resultado de uma série de ações e investimentos para ampliar o acesso de consumidores a alimentos saudáveis e de qualidade, disse nesta segunda-feira o presidente do Carrefour Brasil, Noël Prioux.

O movimento, batizado de "Act for Food", nasceu na França no início de setembro e agora está sendo expandido para os mais de 30 países em que o Carrefour atua, sendo parte de um compromisso de longo prazo para transformação global da companhia, incluindo esforços para transição alimentar e digitalização.

"O Act for Food reúne iniciativas para ampliar a oferta de alimentos naturais e saudáveis, por meio de serviços omnicanais, preços acessíveis e pelo controle de qualidade desde a origem", disse Prioux durante evento de lançamento do programa.

No Brasil, o grupo varejista pretende dobrar até 2020 a participação de orgânicos no total de produtos vendidos em relação a 2017. A estratégia inclui novas parcerias com produtores locais para aumentar a oferta de itens frescos regionais nas lojas, afirmou o executivo.

Segundo ele, o plano é que aproximadamente 20 por cento das categorias com produtos orgânicos no Brasil seja de origem regional.

Prioux ressaltou que ações concretas já foram tomadas no Brasil, entre elas a parceria para produção sustentável de bezerros no Mato Grosso, que prevê investimento de mais de 3 milhões de euros até 2020 em mais de 450 propriedades produtores.

O Carrefour também pretende ampliar o portfólio de marcas próprias, além de expandir até o fim do ano o Programa Únicos, que comercializa com descontos alimentos fora do padrão estético tradicional.

De acordo com Prioux, 50 lojas da bandeira Carrefour em São Paulo terão um corredor que reunirá produtos orgânicos, naturais, frescos e para dietas restritivas. Para 2019, o objetivo é ter 100 por cento das lojas Carrefour em formato super e hiper dentro da iniciativa.

O executivo não informou o valor que será desembolsado na reforma das lojas no Brasil nem forneceu uma estimativa do investimento total na implementação do movimento "Act for Food" no Brasil e no restante do mundo.

Por volta das 12:40 (horário de Brasília), as ações do Carrefour Brasil, que não fazem parte do Ibovespa, recuavam 0,68 por cento, cotadas a 14,71 reais. Em 2018, o papel acumula baixa de pouco mais de 2,5 por cento.