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Eunício vê vontade de renovação nos eleitores e fala em discutir "presente e futuro"

09/10/2018 18h42

BRASÍLIA (Reuters) - Na volta aos trabalhos após o primeiro turno das eleições gerais deste ano, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), avaliou que os eleitores buscaram uma grande renovação do Congresso ao votarem no domingo, deixando fora do Parlamento no ano que vem vários políticos tradicionais, e disse que é preciso discutir "o presente e o futuro".

O próprio Oliveira foi um dos que não conseguiu a reeleição em seu Estado. Entre outros senadores que tiveram o mesmo destino estão o primeiro vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), o ex-líder do governo na Casa Romero Jucá (MDB-RR), o líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), Jorge Viana (PT-AC), Magno Malta (PR-ES) e Edison Lobão (MDB-MA).

"Eu acho que isso (não ser eleito) é natural no regime democrático... Não desejo para esse país nenhum tipo de posicionamento extremado, nem de direita, nem de esquerda. O centro é o equilíbrio. Os que virão para aqui devem ter, no meu entendimento, esse pensamento de harmonia entre os Poderes, independência entre os Poderes", afirmou.

Eunício disse que Jucá --líder do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB)-- o procurou para conversar "um pouco dentro do partido".

"Para conversarmos sobre tudo, sobre eleições, sobre futuro, sobre presente", completou.

Eunício anunciou ainda que no segundo turno das eleições presidenciais, que ocorre no fim do mês de outubro, votará no candidato do PT, Fernando Haddad.

"Eu não mudo de camisa no meio do caminho", disse, lembrando que já votou no petista no primeiro turno, quanto teve uma aliança informal com o governador Camilo Santana, também do PT.

(Reportagem de Mateus Maia)