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Petrobras e Murphy Oil criam joint venture que unirá ativos do Golfo de México

10/10/2018 18h27

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras e a Murphy Oil fecharam por meio de subsidiárias um contrato para criar uma joint venture composta por todos os ativos em produção situados no Golfo do México de ambas as empresas, que prevê até 1,1 bilhão de dólares a serem recebidos por unidade da petroleira brasileira, informou a Petrobras em nota nesta quarta-feira.

A Murphy Exploration & Production Company será a operadora da joint venture, com 80 por cento de participação, enquanto a Petrobras America deterá os demais 20 por cento.

A nova empresa terá uma produção média estimada de aproximadamente 75 mil barris de óleo equivalente por dia no quarto trimestre de 2018.

A joint venture deterá os campos em águas profundas Cascade, Chinook, St. Malo, Lucius e Hadrian North, Cottonwood, Hadrian South, Dalmatian, Front Runner, Clipper, Habanero, Kodiak, Medusa e Thunder Hawk; e os campos em águas rasas South Marsh Island 280, Garden Banks 200/201 e Tahoe.

Do montante total à Petrobras, 900 milhões de dólares serão pagos à vista, no fechamento da operação, e correspondem à diferença de valor entre os ativos aportados por ambas as empresas no fechamento da operação. Outros até 150 milhões serão pagos até 2025.

Os 50 milhões de dólares restantes são relativos a investimentos no desenvolvimento da produção da produção do campo de St. Malo, "a ser assumido pela Murphy a partir de 2019, caso determinados projetos de recuperação de óleo sejam realizados", explicou a Petrobras na nota.

A petroleira brasileira pontuou que a Murphy Oil é uma empresa global independente de exploração e produção de petróleo e gás natural, com produção offshore no sudeste da Ásia, Canadá e Golfo do México e produção onshore na América do Norte.

A Murphy detém uma participação de 20 por cento em quatro blocos em águas profundas na Bacia de Sergipe-Alagoas e junto com seus parceiros foi bem-sucedida na licitação dos blocos 430 e 573 na mesma bacia durante a 15ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A Petrobras ressaltou que o acordo "representa um passo importante... no âmbito do seu Plano de Negócios e Gestão 2018-2022, permitindo, além da entrada de caixa, o compartilhamento de investimentos, resultando num portfólio final com melhor relação risco-retorno, por meio de um novo modelo de negócios nos EUA".

(Por Marta Nogueira)