CEO do Softbank defende laços com sauditas enquanto fundo financiado pelo reino eleva lucros
Por Sam Nussey e Makiko Yamazaki
TÓQUIO (Reuters) - O presidente-executivo do SoftBank Group <9984.T>, Masayoshi Son, condenou nesta segunda-feira o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, no consulado saudita em Istambul, e disse que sua empresa deve cumprir sua responsabilidade com os cidadãos do reino, que investem no seu Vision Fund.
A Arábia Saudita é a maior investidora do fundo que foi lançado no ano passado com mais de 90 bilhões de dólares em capital, dando a Son poder para fazer grandes apostas em startups de última geração, como a WeWork e a OYO Hotels.
O clamor global sobre o caso do assassinato, no entanto, levou muitos observadores a considerar a dependência como um risco para os planos do SoftBank de levantar mais recursos.
"Esses fundos são importantes para o povo saudita, garantindo que sua economia se diversifique e não seja mais dependente do petróleo", disse Son nesta segunda-feira.
"É verdade que um incidente horrível aconteceu. Por outro lado, temos uma responsabilidade para com o povo saudita, e devemos cumprir nossa responsabilidade em vez de dar as costas para eles".
Son disse que não há indicação de que as ligações da SoftBank na Arábia Saudita estejam impedindo startups de aceitarem investimentos, e a empresa View Window anunciou na sexta-feira um aporte de 1,1 bilhão de dólares do Vision Fund.
E ainda há planos para arrecadar mais recursos, disse Son, embora tenha enfatizado que o SoftBank procederá com cautela e está aguardando o resultado do caso Khashoggi.
(Por Sam Nussey e Makiko Yamazaki)
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