Renova Energia espera anunciar venda de projeto eólico ainda em 2018, diz diretor
SÃO PAULO (Reuters) - A Renova Energia, empresa de geração limpa controlada por Cemig e Light, espera anunciar ainda em 2018 uma operação para a venda de seu parque eólico Alto Sertão III, cuja construção está paralisada, disse um executivo da companhia em teleconferência nesta quarta-feira.
O diretor vice-presidente de Finanças da Renova, Cláudio Ribeiro Neto, admitiu que a empresa tem mantido conversas sobre o negócio com a Aliança Geração, uma joint venture entre a mineradora Vale e a Cemig, a AES Tietê e a Rio Energy, controlada pelo fundo Denham Capital.
A informação sobre as negociações foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na terça-feira. A Reuters já havia publicado anteriormente notícias sobre o interesse da Aliança e da AES Tietê na operação.
"A gente tem mantido conversas com os três players. Recebemos uma proposta não vinculante, e a gente está encaminhando a conversa com os outros players para formalização dessas propostas... estamos confiantes de que até o final do ano a gente tenha alguns desdobramentos", afirmou Neto.
A Renova chegou a receber uma oferta da canadense Brookfield por Alto Sertão III, mas as empresas não chegaram a um acordo final sobre o ativo.
As obras do parque eólico na Bahia estão paralisadas desde o final de 2016 devido à falta de recursos da Renova.
No último trimestre, a companhia conseguiu rolar um empréstimo-ponte tomado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para tocar o projeto, após amortizar 60 milhões de reais da dívida.
Agora, a Renova tem até 15 de janeiro de 2019 para pagar o empréstimo em parcela única de 950,4 milhões de reais.
Segundo Neto, o banco estatal tem acompanhado as negociações para a venda de Alto Sertão III, que deverão incluir a transferência do débito para o comprador.
"O BNDES está ciente do andamento dessa conversa", afirmou.
Alto Sertão III terá cerca de 390 megawatts em capacidade quando concluído. O empreendimento negociou parte da produção futura em leilão realizado pelo governo federal em 2013. Outra parte foi negociada no mercado livre de eletricidade junto à Light, mas o contrato foi parcialmente suspenso de junho a dezembro de 2018, segundo o balanço da companhia.
(Por Luciano Costa)
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