Canadá diverge dos EUA sobre mudanças em texto de acordo comercial, diz fonte
Por David Ljunggren
OTTAWA (Reuters) - O Canadá está resistindo à pressão dos Estados Unidos por mudanças no texto de um acordo comercial recentemente concluído e o assunto pode ser repassado para uma decisão ministerial, disse uma fonte canadense nesta quinta-feira.
"Algumas das coisas que eles (americanos) têm colocado não é tudo com que concordamos. Então alguma coisa disso pode ter que subir para o nível ministerial antes de ser resolvido", disse a fonte, que pediu anonimato dada a sensibilidade da situação.
Embora a fonte tenha dito que Ottawa não sentiu que o problema poderia acabar com o acordo EUA-Canadá-México (USMCA), o caso mostra que as tensões continuam depois dos 13 estressantes meses de negociações.
Os Estados Unidos e o Canadá chegaram a um acordo de último minuto no USMCA no fim de setembro, garantindo a continuidade do livre comércio entre os três países. Autoridades agora cuidam do ajuste fino do texto do acordo que substituirá o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).
"Estamos tendo discussões sobre a interpretação de uma variedade de coisas", disse a fonte canadense.
Ninguém estava disponível para comentar imediatamente o assunto nos gabinetes da ministra canadenses de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, e do representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, que lideraram as negociações.
Como parte do USMCA, o Canada concordou que a província de British Columbia iria interromper a prática de permitir que apenas vinhos locais sejam estocados nos supermercados.
A fonte disse que os Estados Unidos estavam tentando aumentar a cláusula que cobre vendas de vinhos nas grandes províncias de Quebec e Ontario. Os dois lados também divergem sobre elementos da promessa de Ottawa de oferecer mais acesso aos produtores de laticínios dos EUA.
A fonte disse que não era anormal que países buscassem "pressionar um pouco mais em termos de texto" neste estágio das negociações comerciais.
O USMCA precisa ser ratificado pelos três países antes de entrar em vigor. O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou abandonar o Nafta a menos que grandes mudanças fossem feitas.
"E se no fim do dia houver um ou duas coisas que precisam ser resolvidas entre Freeland e Lighthizer, tudo bem. Mas nós não queremos que seja uma lista de 10", disse a fonte.
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