Guedes e Mourão conversam com Pedrosa, ex-secretário do Ministério de Minas e Energia
Por Luciano Costa
SÃO PAULO (Reuters) - O futuro ministro da Economia no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, e o vice-presidente na chapa do PSL, general Hamilton Mourão, tiveram reuniões na quarta-feira e nesta quinta-feira com o ex-secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, para discutir políticas para o setor.
Os encontros em Brasília ocorreram em meio à transição de governo, conforme Bolsonaro começa a anunciar a escolha de alguns ministros para sua administração.
"Acho que é natural, como passei dois anos e meio no ministério, que eles quisessem me ouvir... foi conversado mais sobre a experiência de governo. Sou sempre um profissional disponível para contar o que aprendi, dar minha opinião", afirmou Pedrosa à Reuters.
A equipe de Bolsonaro chegou a avaliar uma fusão do Ministério de Minas e Energia com outras áreas do governo para a criação de um "superministério" de Infraestrutura, mas hoje a visão entre os assessores do futuro presidente é de que a pasta seja mantida.
Questionado sobre um possível convite para integrar o ministério de Bolsonaro, Pedrosa disse que não chegou a falar nisso com Guedes e Mourão.
"Foi uma conversa pessoal... foi boa... eles são pessoas muito qualificadas", afirmou Pedrosa, que também elogiou o professor Luciano de Castro, da Universidade de Iowa, que tem assessorado a equipe de Bolsonaro em discussões sobre o setor de energia.
"Tenho conversado muito com o Luciano, ele é uma pessoa preparadíssima, uma peça-chave da transição", afirmou.
O encontro de Pedrosa com Guedes ocorreu na quarta-feira, enquanto a reunião com Mourão foi nesta quinta-feira.
Pedrosa foi secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia entre maio de 2016 e abril de 2018.
Antes, ele já havia sido diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entre 2001 e 2005, e diretor de associações do setor de energia elétrica, além de ter passagem pelo Conselho de Administração de empresas do segmento, como Equatorial Energia, Cemar e Light.
No final de outubro, logo após as eleições, fontes próximas às conversas sobre a transição disseram que o ex-ministro de Minas e Energia de Temer, Fernando Coelho Filho (DEM-PE), e os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Leonardo Quintão (MBD-MG) estavam cotados para assumir a pasta de Energia na gestão Bolsonaro.
Mas uma fonte que participa das conversas disse à Reuters nesta quinta-feira que esses nomes não estão mais sobre a mesa neste momento, dada a preferência de Bolsonaro por um nome técnico, o que poderia favorecer uma possível indicação de Pedrosa ao cargo.
(Por Luciano Costa)
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