UE diz que crescimento da zona do euro deve desacelerar em meio a riscos dos EUA, Itália e Brexit
O crescimento da zona do euro deve desacelerar nos próximos anos, uma vez que o bloco enfrenta riscos das políticas econômicas dos Estados Unidos, os termos da separação pouco claros do Reino Unido com a União Europeia e os planos de gastos elevados em países membros com grandes dívidas, como a Itália, disse a Comissão Europeia.
Em suas previsões econômicas trimestrais divulgadas nesta quinta-feira, o braço executivo da UE revisou para baixo suas estimativas de crescimento para a zona do euro no próximo ano e previu uma desaceleração prolongada até 2020, o último ano para o qual as previsões estão disponíveis.
Embora já esperada, a revisão pode complicar os planos do Banco Central Europeu de encerrar seu programa de estímulo este ano, mas em notícias mais positivas para o BCE, a Comissão previu uma inflação mais alta de 1,8 por cento neste ano e no próximo no bloco. O BCE tem como meta uma taxa próxima de 2 por cento.
De acordo com as previsões, a zona do euro deve crescer 2,1 por cento este ano, após uma expansão de 2,4 por cento em 2017. A desaceleração continuará no próximo ano, quando a expectativa de crescimento é de 1,9 por cento, um pouco abaixo da estimativa anterior de 2,0 por cento.
Embora todos os países da zona do euro devam continuar crescendo, em 2020 a economia do bloco vai reduzir ainda mais o ritmo de expansão para 1,7 por cento, disse a Comissão em suas primeiras estimativas para o ano.
A Alemanha, maior economia do bloco, deve crescer 1,7 por cento este ano, após crescimento de 2,2 por cento em 2017, segundo a Comissão, revisando para baixo sua estimativa anterior de 1,9 por cento. No próximo ano, o crescimento da Alemanha será de 1,8 por cento, em vez de 1,9 por cento. A expectativa é que a taxa volte para 1,7 por cento em 2020.
As previsões de crescimento também foram revisadas para a França e Itália, a segunda e terceira maiores economias da zona do euro, com a Itália apresentando o pior desempenho, com previsão de crescimento de apenas 1,1 por cento este ano, 1,2 por cento no ano que vem e 1,3 por cento em 2020.
(Por Francesco Guarascio)
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