Gasolina nas refinarias da Petrobras volta a acumular queda no ano após novo corte
SÃO PAULO (Reuters) - O preço médio da gasolina nas refinarias da Petrobras
A companhia reduzirá a cotação do produto em 1,32%, para R$ 1,6734 por litro. Trata-se do quinto recuo consecutivo e o décimo quarto desde meados de setembro, desconsiderando-se nesse período os dias em que o preço ficou estável.
Com o reajuste, o valor do combustível passa a apresentar queda de 1,18% neste ano. Não é a primeira vez que isso ocorre em 2018, mas a inversão de agora se destaca por deixar para trás patamares recordes vistos há poucas semanas.
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Em setembro, o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras chegou a tocar uma máxima de R$ 2,2514 por litro em razão da escalada do dólar
Desde então, porém, cedeu 25,7%, acompanhando justamente o enfraquecimento tanto da moeda norte-americana, dado o fim do estresse eleitoral no Brasil, quanto do óleo, uma vez que os receios quanto à oferta mundo afora arrefeceram.
As cotações do Brent operavam abaixo de US$ 70 por barril pela primeira vez desde abril nesta sexta-feira (9), enquanto o WTI caía abaixo de US$ 60, mínima em cerca de oito meses.
Política de preços
A sistemática de reajustes diários da Petrobras está em vigor desde julho do ano passado e tem por objetivo ajudar a Petrobras a não perder participação de mercado, bem como a seguir a paridade externa, em busca de rentabilidade.
Em setembro, a empresa anunciou um mecanismo de "hedge" (proteção) que permite deixar a cotação da gasolina nas refinarias inalterada por até 15 dias, o que justifica a menor volatilidade observada desde então.
O repasse ou não dessa queda de preço nas refinarias depende dos outros elos da cadeia, incluindo distribuidoras e revendedoras, bem como tributos incidentes sobre o produto e a mistura obrigatória de etanol anidro.
Em anúncios neste ano, a companhia frisou que a sua gasolina responde por cerca de um terço do valor final nas bombas.
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