Odebrecht pede ajuda da RK para tentar renegociar dívida bancária, dizem fontes
Por Tatiana Bautzer e Carolina Mandl
SÃO PAULO (Reuters) - A Odebrecht está trabalhando com a firma de reestruturação RK Partners para renegociar parte de sua dívida bancária, disseram três fontes a par do assunto nesta quinta-feira.
A RK Partners é a segunda empresa de reestruturação que o conglomerado contratou recentemente.
No início da semana, a Odebrecht anunciou que deu mandato à Moelis e dois escritórios de advocacia para reestruturar 3 bilhões de dólares em títulos emitidos por sua unidade Odebrecht Finance após perder um prazo para pagar 11,5 milhões de dólares em juros.
A Odebrecht e sua controlada Braskem
Desde então, vem negociando acordos judiciais para resolver acusações de corrupção em países da América Latina, como Peru, Argentina e México.
Sua unidade de construção tem lutado para conquistar novos contratos no Brasil e em outros países da América Latina.
Uma das fontes, que pediu anonimato porque não é autorizada a falar do assunto publicamente, disse que a Odebrecht contratou a RK Partners para discutir como a empresa pode reter pelo menos parte dos lucros da venda de ativos como a usina hidrelétrica de Chaglia, no Peru, e uma participação na usina hidrelétrica de Santo Antônio, em vez de entregar o montante total aos credores.
O Ministério da Justiça do Peru informou nesta quinta que chegou a um acordo com a Odebrecht que permite ao conglomerado prosseguir com a venda da usina.
A Moelis e os outros dois escritórios serão responsáveis apenas por negociar com os detentores de títulos, disseram duas fontes. A RK está trabalhando com a Odebrecht para pressionar pela extensão dos vencimentos de suas dívidas com bancos incluindo Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil
A Odebrecht não pode forçar os bancos a negociar, já que uma grande fatia de sua dívida de 70 bilhões de reais está garantida com sua fatia na petroquímica Braskem
A Odebrecht está negociando a venda de sua participação na Braskem para a Lyondell Basell ou converter sua participação em ações em uma nova companhia combinada, mas qualquer negócio desse tipo requer autorização dos bancos.
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