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Independência do BC e formalização de Campos Neto à frente do banco ficam para 2019, diz Onyx

O economista Roberto Campos Neto, indicado para a presidência do Banco Central - Divulgação/Banco Central
O economista Roberto Campos Neto, indicado para a presidência do Banco Central Imagem: Divulgação/Banco Central

03/12/2018 18h57

BRASÍLIA (Reuters) - A indicação formal, sabatina e posse do novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, só deve ocorrer no próximo ano, assim como a tentativa de votação no Congresso de projeto que trata da independência da instituição, afirmou nesta segunda-feira o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A ideia é deixar que o atual governo conclua seu trabalho. Assim que assumir o comando do país, em janeiro de 2019, a próxima gestão irá encaminhar questões como a indicação do presidente do Banco Central. Enquanto isso, disse Onyx, o atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, permanece no comando da instituição.

"Paulo Guedes (futuro ministro da Economia) já conversou com o senhor Ilan, ele permanece enquanto for necessário", disse o próximo ministro da Casa Civil, em coletiva para apresentação da estrutura do novo governo.

Sobre o projeto que trata da independência do BC, disse que o "entendimento" é "não sobrecarregar o Congresso nesse momento com nenhuma demanda". "Entendemos que não há tempo hábil para esse processo sem riscos."

O ministro disse também que Guedes e o atual ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, assim como o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), ainda negociam uma saída para votar o projeto da cessão onerosa da Petrobras de uma forma que garanta repasse de recursos para Estados e Municípios.

Onyx afirmou que o atual e o futuro governo tentam encontrar o "caminho do meio" e que se não houver um consenso dentro de duas semanas, a votação do projeto fica para 2019.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)